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Violinista reaprende a tocar após grave quadro de Covid-19 e se apresenta com orquestra em BH

Há pelo menos três décadas, tocar violino nunca foi um problema para William Barros. O braço segurava tranquilamente o instrumento e o arco deslizava pelas cordas como uma pena voa com o vento.

Maestro Felipe Magalhães e o músico William Barros — Foto: Rafael Motta/Divulgação

De repente, tudo na vida do instrumentista mudou. O movimento se tornou difícil depois que William teve um grave quadro de Covid-19 e precisou ficar internado por 67 dias, sendo 16 na UTI.

“Voltar a tocar foi um susto. Na primeira semana, me deu um desespero, porque o violino parecia um objeto que nunca tinha tocado. A parte mental estava toda pronta, sabia exatamente o que precisava fazer, mas a execução, o mexer os dedos, encontrei certa dificuldade”, contou o musicista.

William Barros é violinista em duas orquestras de Belo Horizonte e precisou de várias sessões de fisioterapia respiratória e motora para retomar a respiração e os movimentos precisos das mãos e dos dedos. Além de reaprender a andar.

As sessões deram resultado, que permitiu a reestreia dele com a Orquestra Sesiminas Musicoop, nesta quarta-feira (28).

“É um momento especial, porque tem a questão do retorno, de reencontrar os colegas. Quando tive Covid, internei, a gente não estava em plena atividade, se encontrando regularmente. Foi muito tempo sem encontrar. Tenho muitos amigos ali. Foi uma emoção voltar aos ensaios, tocar com eles”, disse ele.

Seu irmão, Elias Barros, também instrumentista na orquestra, o acompanhou da entrada no pronto-atendimento até a cura.

“Foi muito difícil. As notícias boas vieram a conta-gotas. A gente vivia um dia de cada vez. E comemorava toda pequena melhora como uma grande vitória”, contou.

William saiu do hospital ainda na cadeira de rodas e com 20 quilos a menos. Junto das sessões médicas e da fisioterapia, ele seguiu uma dieta para recuperar seu peso.

William Barros deixou o hospital 20 quilos mais magro, depois de ficar internado com Covid-19 — Foto: Arquivo pessoal

O concerto de reestreia do músico, ganhou o nome de “Os 3 Bês da música” e reúne composições dos alemães Bach, Beethoven e Brahms. E, em homenagem a William, terá duas composições orquestradas por ele.

 

Orquestra Sesiminas Musicoop retomará concertos presenciais em agosto — Foto: Rafael Motta/ Divulgação

“É uma grande celebração da vida”, disse o irmão, Elias Barros.

A apresentação desta quarta será transmitida no canal da Orquestra.

Com informações de G1

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