Por que assistir O Som do Silêncio, obra que concorreu a Melhor Filme do Oscar 2021?

“O Som do Silêncio”, dirigido por Darius Marder, é uma das obras que concorreu, entre outras categorias*, a Melhor Filme, no Oscar 2021.

Disponível na Amazon Prime, aproveitei meu sábado para assistir.

Ruben Stone, protagonizado por Riz Ahmed, é um jovem baterista de heavy metal que vive em um trailer com a namorada Louise, interpretada pela atriz Olivia Cooke.

Exposto, constantemente, a sons altos devido à sua turnê de shows, Ruben perde a audição e vê sua vida transformada. Agora como deficiente auditivo, ele se estabelece em uma comunidade de pessoas sem audição para reaprender a viver.

A perspectiva do filme se passa a partir da vivência de Ruben e, em muitas cenas, o espectador se sente na pele do protagonista: alguém que acaba de aterrissar em outro universo, sem saber a linguagem dos sinais e que, ainda, pensa como uma pessoa com audição.

Para mim, o recado mais importante do filme se refere ao valor do silêncio, nestes tempos de tanto barulho e tumulto, e como a vida sempre nos impõe resiliência e adaptação.

Por acaso, hoje vi um vídeo do escritor Ariano Suassuna em que ele comenta sobre uma famosa frase de William Shakespeare: “A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.”

Quando estamos em silêncio, o que realmente ouvimos?, talvez seja a pergunta mais profunda do filme que não é somente sobre alguém que perde a audição, mas sobre um ser humano que precisa se reinventar.

Fique por dentro: *
“O som do silêncio”foi indicado em seis categorias: Melhor Filme, Melhor Ator (Riz Ahmed), Melhor Ator Coadjuvante (Paul Raci), Melhor Roteiro Original, Melhor Montagem e Melhor Som.

Assista abaixo ao trailer do filme:

Imagem de capa: reprodução/divulgação



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Cris Mendonça é uma jornalista mineira que escreve há 14 anos na internet. Seus textos falam sobre afeto, comportamento e Literatura de uma forma gostosa, como quem ganha abraço de vó! Cris é também autora do livro de crônicas "Mineiros não dizem eu te amo".

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