O aplicativo está fazendo sucesso no Brasil e é a primeira aplicação voltada para encontros entre pessoas casadas.
O app chamado Gleeden é pensado por mulheres e feito especialmente para elas. Segundo a própria plataforma, a experiência é para quem “esteja procurando uma aventura extraconjugal perto de casa ou um amante a milhares de quilômetros para suas viagens.”.
O Gleeden surgiu na França, no ano de 2009 e já estava presente em diversos países, dentre eles Espanha, Itália, México e agora, Brasil. A plataforma já reúne 7 milhões de perfis cadastrados pelo mundo, sendo 150 mil de brasileiros.
O aplicativo não é somente para pessoas casadas ou apenas mulheres, mas nas informações do perfil é obrigatório informar o status de relacionamento e no caso de homens, é preciso comprar créditos para usar o serviço. Para as mulheres, o aplicativo é completamente gratuito.
Dentro do Gleeden, as mulheres tem controle de tudo. Além do botão de ‘like’ e ‘deslike’, existe o “Botão de Pânico” ou “Saída de emergência”, que aciona o modo alerta e sai do app rapidamente, para quando for necessário.
Uma pesquisa feita pelo próprio site em março deste ano, registrou que 27% do público feminino aponta o sexo como principal impulso para entrar no aplicativo e 34% das usuárias responderam que trair os companheiros as deixa mais “felizes e vivas.”
Em entrevista para o UOL, a psicóloga e sexóloga Sandra Vasques contou um pouco mais sobre a traição e as diferenças entre a traição feminina e masculina:
“A traição feminina é vista de um jeito diferente da masculina. Se um homem quando trai, falam: ‘Ah, é normal, é coisa do gênero, não conseguiu ser fiel’. Já a mulher quando trai ela é chamada de promíscua, dizem que ela não dá valor para a família, que ela é fraca”, explicou a especialista.
A psicóloga ainda acrescenta que “tanto um homem quanto uma mulher que traem podem ser mais felizes depois do ato. [mas] se a pessoa está em dúvida ou tem medo, pode ser que não. A traição não é uma passagem nem para a felicidade nem para a infelicidade, vai depender dos valores e das escolhas de quem está traindo. Caso ter um relacionamento extraconjugal vai de encontro aos desejos dela, e aquilo não fere nenhum julgamento moral, a resposta é positiva.”.
Mas, nada disso deixa de lado a importância de se assumir um relacionamento e garantir fidelidade a uma pessoa.
“Se você fez um compromisso com a pessoa de que vai ser fiel, você assumiu uma responsabilidade que a princípio devia ser cumprida. Quando você se dá conta de que não quer mais ser monogâmico, acho que é legal tocar no assunto com seu parceiro”, orienta a sexóloga, que coloca o relacionamento aberto como uma boa opção para esses casos.
O relacionamento não monogâmico e aberto pode ser uma boa opção para casais que desejam mais do que o conjugal, além de que, evita os conflitos vindos de traições. Mas é claro que tudo deve ser conversado e os acordos devem ser muito bem feitos. Além de os dois estarem preparados para a experiência, que requer maturidade e consentimento entre o casal.
Com informações de Olhar Digital
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