Ventilador pulmonar de baixo custo é criado por professor da USP

Professor da USP de São Carlos, interior de SP, cria protótipo de novo modelo de respirador pulmonar que tem baixo custo e pode salvar milhares de vidas na pandemia.

O nome do professor é José Roberto Monteiro, que atualmente dá aulas na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL).

A estrutura da nova tecnologia de respiração pulmonar criada pelo professor é composta, basicamente, de um cilindro com um êmbolo no seu interior, onde é acionado através um motor de alta precisão.

Todas as ações do sistema têm o controle a partir de um software. Este, regula a velocidade e a pressão adequada do fluxo de ar que deve ser bombeado ao paciente, bem como a dose ideal de oxigênio, que se baseia tanto na altura quanto no sexo do paciente.

O ventilador pulmonar também tem a vantagem de poder ser controlado a distância, sendo que isso faz dele programável. Além, ele usar o ar diretamente da atmosfera por conta dos seus filtros e purificadores de ar embutidos.

Com o nome de Respirador Artificial Integrado (RAI), o aparelho ainda pode ser usado de modo contínuo, ou seja, um mesmo paciente pode utilizar por diversas várias semanas o ventilador pulmonar sem a necessidade de troca.

“A ideia foi desenvolver um projeto de alta confiabilidade e qualidade voltado ao tratamento sistêmico de pacientes com covid-19. O sistema é de fácil operação e oferece uma interface intuitiva e poderosa ao usuário, que tem grande capacidade de visualização dos parâmetros do equipamento e das condições do paciente”, explicou ao próprio Jornal da USP o professor Monteiro.

O novo ventilador pulmonar levou quase cinco meses para ser desenvolvido e felizmente, o seu custo é bastante baixo comparado com outros ventiladores.

“Entre as principais vantagens deste novo respirador está o seu baixo custo. Ele foi construído com materiais fáceis de serem adquiridos e de simples fabricação, como plástico, alumínio e aço inox. Se produzido em larga escala, a estimativa é de que o produto tenha um custo de material inferior a R$ 1,5 mil, valor bem abaixo dos que são encontrados no mercado, que demandam um investimento em torno de R$ 15 mil”, comentou. Monteiro.

“Ainda não sabemos quais serão os desdobramentos da pandemia, se teremos logo uma vacina ou se haverá novas ondas de contágio. No entanto, independentemente da utilização de nossa tecnologia durante a pandemia, estamos entregando um aparelho que será muito importante para a redução de custos de equipamentos hospitalares, podendo ser utilizado em qualquer momento e em diferentes cenários”, finalizou Monteiro.

Veja como funciona o aparelho no vídeo abaixo:

Com informações JornalDaUSP
Foto: Henrique Fontes / SEL/USP



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