Cientistas britânicos desenvolvem medicamento que pode reparar de Alzheimer e Paralisia

Uma grande esperança para quem sofre de Alzheimer, epilepsia e até paralisia. Cientistas britânicos criaram um medicamento capaz de reparar danos causados no cérebro e na medula espinhal.

O remédio tem a incrível capacidade de reconectar conexões entre os nervos, além de melhorar a memória, a coordenação e o movimento do paciente.

Os resultados dos testes, feitos até agora somente em camundongos e em células cultivadas em laboratório, acabaram sendo descritos como “surpreendentes”, sendo inclusive publicado na revista científica de prestígio, a Science.

O autor principal deste estudo que pode revolucionar a medida é Dr. Radu Aricescu (foto de capa), neurocientista do Laboratório de Biologia Molecular MRC, em Cambridge. Aricescu trabalhado ao lado de cientistas alemães e japoneses durante o estudo.

Mas com o medicamento funciona? Ele usa uma proteína sintética que faz um tipo de “ponte molecular” e restaurra ligações neuronais destruídas seja qual for o motivo: acidente ou doença.

O composto foi batizado de CPTX e imita uma proteína natural conhecida como cerebelina-1, responsável por ligar os neurônios que enviam sinais àqueles que os recebem.

Esses ‘transmissores’ e ‘receptores’ neurais são encontrados em pontos especiais de contato – conhecidas como sinapses. A cerebelina-1 e proteínas relacionadas são conhecidas chamam-se ‘organizadores sinápticos’.

Todos são essenciais para ajudar a estabelecer a vasta rede de comunicação que sustenta todas as funções do sistema nervoso das pessoas.

Para a surpresa dos cientistas, o maior impacto positivo observado nos testes foi sobre uma lesão da medula espinhal, onde a função motora ficou reestabelecida por pelo menos sete a oito semanas, depois de uma única injeção no local danificado.

“Criamos uma molécula que acreditávamos que ajudaria a reparar ou substituir as conexões neuronais de uma forma simples e eficiente…Ficamos muito encorajados pela forma como funcionou bem nas células e começamos a olhar para modelos de camundongos de doenças ou lesões onde vemos uma perda de sinapses e degeneração neuronal”, falou o Dr. Radu Aricescu.

Quanto ao Alzheimer e em outros distúrbios neurodegenerativos, que estão nas suas primeiras fases, as sinapses – ou conexões cerebrais – são perdidas. Com o tempo os neurônios acabam morrendo.

“Em nosso laboratório, estudamos o efeito da CPTX em ratos que exibiam certos sintomas da doença de Alzheimer e descobrimos que melhorou o desempenho da memória dos ratos”, disse o co-autor do estudo, o professor Alexander Dityatev, do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas de Bonn.

Testes com versões mais novas e mais estáveis ​​do medicamento CPTX já estão sendo conduzidos para ter um efeito mais duradouro. Os pesquisadores estão confiantes de que podem corrigir qualquer problema que venha a surgir.

“Nosso estudo sugere que o CPTX pode até fazer melhor do que alguns de seus análogos naturais na construção e fortalecimento de conexões nervosas. Assim, a CPTX poderia ser o protótipo de uma nova classe de medicamentos com potencial clínico… Nossa abordagem pode levar a tratamentos que realmente regeneram as funções neurológicas”, concluiu o Dr. Aricescu.

Ainda não há uma previsão para o medicamento chegar ao mercado, mas não deixar de ser um excelente notícia pra começarmos a semana, certo?

Com informações Science e GNN
Dr. Radu Aricescu – Foto: reprodução / NDM



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