África consegue acabar com o poliomielite, confirma a Organização Mundial da Saúde

A OMS trouxe uma notícia maravilhosa na última terça, dia 25 de agosto. Segundo a Organização Mundial da Saude, a poliomielite, ou também conhecida como paralisia infantil foi finalmente erradicada no continente africano.

Isso representa não só milhões de crianças salvas, como também marca na história a difícil luta do continente contra a doença. Os últimos casos registrados de pólio tinha acontecido quatro anos atrás, na região Nordeste da Nigéria.

A luta contra a doença que causa a paralisia infantil começou no mundo há cerca de 30, e agora, apenas dois países continuam tendo casos dela: o Afeganistão e o Paquistão.

Quando esses países também erradicarem a doença, será a segunda, visto que a varíola foi a primeira doença no mundo inteiro a ser erradicada, lá em 1979.

Para conseguir esse feito histórico na África, tanto serviços públicos quanto privados se uniram para uma vacinação em massa, incluindo as áreas de alto risco de vida, nas chamadas zonas que são “comandadas” por grupos terroristas, ou seja, o esforço precisou ser conjunto o tempo todo.

A doença afetou milhões de crianças na África nas décadas mais recentes. Em 1988 por exemplo, o mundo atingiu o pico de 350.000 casos. Já em 2013, o número caiu drasticamente para 416 contágios.

O último país continente africano que sofria com casos de pólio em decorrência de transmissão comunitária, acabou sendo justamente a Nigéria, que teve seis casos em 2014.

Desde o segundo semestre de 2016 a Nigéria não contabilizou novos casos.

“Graças aos esforços dos Governos, do pessoal de saúde e das comunidades, mais de 1,8 milhão de crianças foram salvas”, escreveu a OMS em um comunicado.

A poliomielite é uma doença que tem como maiores alvos crianças menores de cinco anos, porque o vírus se aproveita do sistema imunológico ainda em desenvolvimento nessas idades. O contágio ocorre basicamente de pessoa para pessoa, principalmente pelas fezes, e está bastante relacionado às más condições de higiene e à falta de saneamento básico dos países.

“É uma vitória formidável, um alívio”, falou à France Presse o médico Tunjui Funshuo, membro do comissão do Rotary International, que é totalmente dedicado ao combate da poliomielite na Nigéria.

“Lançamos este desafio há mais de 30 anos, dizer que estou feliz é um eufemismo!”, finalizou Funshuo.

Com informações ElPaís
Foto creditada PIUS UTOMI EKPEI / AFP



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