Coronavírus proporciona “milagre” ao unir palestinos e israelenses contra a pandemia

Apesar do sofrimento que todos estamos passando no momento, o novo coronavírus ao menos trouxe uma coisa boa: uma trégua sem precedentes aconteceu no Oriente Médio e uniu na mesma mesa palestinos e israelenses num encontro pacífico que as nações e entidades de todo o mundo todo buscavam, sem sucesso, há tempos.

Juntos, representantes ambas as nações criaram um gabinete conjunto de operações para combater a pandemia do COVID-19 por todo o território.

“Este é o momento de deixar de lado as nossas diferenças e trabalhar em conjunto contra a pandemia, que não distingue entre árabes e judeus”, disse um responsável porta voz da Autoridade Palestina.

A criação do gabinete em conjunto foi anunciada por Ibrahim Milhem, da própria Autoridade Palestina.

Milhem explicou que esta é uma medida de cooperação necessária para combater a propagação do novo coronavírus no território.

“As nossas fronteias comuns e relações não deixam espaço de hesitação para tomar medidas severas e cooperar ao mais alto nível para evitar a propagação do vírus”, afirmou Milhem.

Os primeiros casos da doença na região foram registrados no hotel Angel, em Beit Jala, no início de março.

“As medidas que tomamos na área de Belém, depois de detectar os primeiros casos, foram feitas em coordenação com as autoridades israelitas”, revelou ao Jerusalem Post um responsável palestino da área da saúde.

O palestino relembrou que Israel disponibilizou diversos kits de teste ao coronavírus e que as análises aos casos palestinos foram feitas em hospitais israelitas.

O chefe do departamento internacional da Administração Civil, Yotam Shefer, revelou que nas últimas três semanas o Gabinete do Coordenador para as atividades nos Territórios, em colaboração com o Ministério da Saúde, tem trabalhado incessantemente para ajudar os palestinos nesta luta comum contra o coronavírus.

A cooperação com Israel é feita desde a área civil até a de segurança, algo inédito para ambos.

“Estamos falando de saúde, que é a nossa prioridade máxima”, explicou.

Para evitar o aumento do contágio do COvid-19, a Cisjordânia recebeu de Israel cerca de 20 toneladas de desinfetante, mais 400 kits de testes para detectar o vírus e outros 500 itens de proteção para as forças de segurança e equipes de saúde.

Agentes de saúde de ambos as nações estão trabalhando para conscientizar a população sobre o perigo da pandemia.

Além disso, foi iniciado também um controle da fronteira e dos trabalhadores que passam pelo local diariamente.

Israel já possui 500 casos confirmados do novo coronavírus, mas nenhuma morte pela doença, isso até o último boletim divulgado na semana passada.

A Palestina até o momento contabilizou 44 infectados pelo Covid-19 no mesmo período.

Para encerrar, o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não vai permitir a entrada ou saída no enclave, fechando a fronteira com o Egito para assim evitar a disseminação do vírus.

Histórico e emocionante, no mínimo!

Com informações da RTP



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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