Detentos se formam na universidade com programa de baixo custo e só 2% voltam ao crime

Muita gente vai achar que é mentira, mas a poder da educação é transformador e, quando bem empregado, pode sim mudar a vida de várias pessoas. Recentemente, um programa de baixo custo e incrível eficácia mostrou que é possível recuperar presos dando-lhe a oportunidade de um estudo universitário, ensinando-os uma profissão e assim, fazendo com que a maioria deles não retorne para o crime.

O programa sem fins lucrativos se chama Hudson Link, está gerando uma boa onda no sistema prisional do estado de Nova York. Com resultados mais do que positivos, o programa vem mostrando uma potencial saída para o problema da violência. Fazendo os detentos estudarem dentro do próprio presídio e concedendo-lhe a oportunidade de obter um diploma universitário, a taxa de reincidência dos presos passou de 43% para simplórios 2%.

O que isso significa? Significa que com um diploma na mão e uma profissão, somente 2% dos formados voltaram a cometer algum tipo de crime após obterem a liberdade. Mas o principal disso tudo e o que seria a maior desculpa da maioria dos governos é o preço: o custo para formar detentos chega a ser 10 vezes menos do que para mantê-los presos.

Para se ter uma ideia, atualmente o investimento para formar um detento na universidade é de US$ 5 mil – mais de R$ 21 mil – enquanto para manter um detento preso custa US$ 60 mil – mais de R$ 258 mil – por ano no estado de Nova York.

No total, o projeto da Husdon Link já concedeu estudo e diploma universitário para 700 presos e outros 600 estudantes da prisão estadual estão matriculados no programa. A organização está presente no momento em cinco prisões diferentes de Nova York.

O Hudson Link fornece o programa de graduação de forma gratuita e é mantido apena com doações e patrocínios privados.

E pasmem, a ideia de criar essa ONG partiu de um ex-detento, Sean Pica, que ficou 16 anos presos até 1998. Depois de livre, Sean viu ali uma oportunidade para dar uma segunda chance para outros presos além dos muros da prisão, já que a dificuldade para um ex-detento conseguir trabalho e sem formação, é praticamente zero nos EUA.

“Acho que muitas das nossas prisões neste país foram construídas com um esforço de punição. Mas quando você castiga alguém, deve haver algo sobre reabilitação e segunda chance e é isso que estamos fazendo nessas prisões, disse Pica ao Freethink

Abaixo você confere um pouco do programa (em inglês) de como funciona:

Com informações do GNN



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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