Pamela Camocardi

Nunca esqueça os motivos das suas desistências e das suas partidas

Já notou que todas as vezes que decidirmos tirar um projeto do papel nos sentimos motivados? Procuramos caminhos alternativos e até soluções para possíveis situações. O problema é que, conforme as situações adversas vão surgindo, nosso “gás” motivacional vai diminuindo e a vontade de desistir aumentando.

A motivação tem um papel importantíssimo no desenvolvimento emocional do ser humano, já que proporciona um comportamento voltado para a disciplina, para a persistência e para a determinação (e isso se aplica nas esferas sociais, emocionais e profissionais).

A questão é que nem tudo são flores e para que a motivação alcance os objetivos desejados, além de um esforço mental fortíssimo, é preciso visualizar os resultados e projetar como seria sua vida após isso. Até porque, caso isso não aconteça será quase impossível não cair em um estado pessimista e de desmotivação constante.

Porém, é bom ressaltar que a falta de motivação não é uma vilã. Há situações em que estar desmotivado e querer desistir é uma forma de proteção física e mental.

Vamos pela lógica: somos atraídos por aquilo que nos dá prazer e nos afastamos do que nos gera dor ou sofrimento. Baseado nisso toda situação que nos causar humilhação e/ou maus tratos fará nosso cérebro querer afastamento imediato da situação. Simples assim!

É preciso desmistificar a ideia de que desistir é para covardes. Não é não! Desistir é coisa de gente forte, que tentou inúmeras vezes e buscou todos os tipos de soluções para que o sonho desse certo. Em outras palavras e de forma bem resumida: desistir é uma forma inteligente de se proteger de dores desnecessárias.

Vamos a um exemplo simples: os relacionamentos amorosos abusivos. Note que, muitas vezes começamos animados e apaixonados, mas, no meio do caminho, desistimos da história que acreditávamos ser eterna. A pergunta é: por que isso acontece?

Na verdade os motivos que nos levam à desistência nem sempre são palpáveis. São os pequenos (que viram enormes) detalhes que desgastam a relação.

A gente cansa de insistir e de implorar por coisas que deveriam ser dadas livremente.

Cansa de procurar motivos que justifiquem as grosserias diárias. Cansa de se culpar por culpas que não temos. A gente cansa, sem lirismo algum, de ser trouxa. Por isso, é sempre bom entender que desistir também é uma atitude heróica, já que exige doses cavalares de autocontrole e inteligência emocional.

Portanto, não se culpe por desistir de uma situação que te faz mal. Você tem esse direito!

Seja livre das acusações e das opiniões alheias, até porque, a única pessoa que não pode esquecer dos motivos das suas desistências é você.

Foto de Matheus Bertelli da Pexels

Pamela Camocardi

A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.

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