Ignorar o celular, superar a timidez e conversar com estranhos pode ser muito bom, diz a ciência

Ninguém pode negar que a tecnologia nos levou a lugares que nunca imaginamos alcançar. Podemos entrar em contato com alguém do outro lado do mundo em questão de segundos, depois comprar um ingresso e voar na direção, conseguindo tomar café da manhã com aquele amigo distante em apenas algumas horas. Também conseguimos criar uma enorme rede de conteúdo e informação, que estará sempre disponível para aprender e obter novas informações.

Mas, como todas as notícias, também tem seus lados ruins. O surgimento do smartphone, inegavelmente uma tremenda ferramenta de trabalho, também significou que todos nós temos uma maneira de evitar a realidade. A capacidade de se comunicar e formar relacionamentos é o que nos tirou das cavernas em primeiro lugar, então não há nada mais prejudicial para a nossa espécie do que perceber que estamos nos afastando.

Um estudo publicado no Science Direct Journal revelou os smartphones não apenas estariam prejudicando os relacionamentos entre as pessoas, como estariam fazendo as pessoas sorrirem menos umas para as outras, o que traria consequências catastróficas a longo prazo.

O mesmo estudo também apontou que interagir mais ativamente com estranhos, mesmo que isso se traduza em uma conversa “vazia” ou uma “conversa de corredor”, onde ninguém sabe muito bem o que dizer, teria enormes benefícios para a saúde.

Para apoiar sua tese, os pesquisadores conduziram um experimento: levaram um grupo de pessoas ao Starbucks. Na entrada, pediram a um grupo que falasse com o barista, enquanto o outro podia simplesmente pedir o café. Ao sair, eles entrevistaram os dois. Eles rapidamente perceberam uma diferença muito clara: aqueles que interagiram com o gerente se sentiram muito mais felizes do que aqueles que simplesmente ficaram em silêncio ou olharam para o celular.

A relação era clara: ter uma interação com um estranho, mesmo que fosse algo banal e um tanto desconfortável, trazia muita felicidade para as pessoas.Por outro lado, estar com os olhos grudados no celular, mostrando desinteresse pelo que acontece ao redor, só causa sentimentos ruins.

A lição que podemos tirar disso é apenas uma: quanto mais falamos com as pessoas, mais felizes nos sentiremos. É lógico: conhecer pessoas diferentes nos ajuda a superar preconceitos, aprender coisas e às vezes superar os medos que temos sobre nós mesmos. Conversar com pessoas que passaram por situações semelhantes às nossas, ou que compartilham certos gostos, pode nos fazer crescer como pessoas.

Talvez da próxima vez que sentirmos a necessidade de olhar para o celular em público, é melhor ignorá-lo. Pode haver uma pessoa interessante ao seu lado.

Extraído do portal UPSOCL
Imagem de capa: Pexels



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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