Há pessoas que não são pobres por causa de como elas vivem, mas por causa de como elas pensam

Eu sou uma daquelas pessoas raras que pensam que a riqueza não é encontrada em nenhum bem material. Não é pobre quem investe em respeito, quem pratica a bondade sem olhar para quem. Milionários são aqueles que têm o respeito e o afeto de seus amigos e familiares, porque a verdadeira abundância não está no dinheiro, mas na felicidade.

Há pessoas que, na verdade, não são pobres por causa de como vivem, mas por causa de como pensam. Todos nós conhecemos alguém que avança pela vida com a cabeça erguida, exibindo o brilho elevado de sua posição enquanto assiste ao mundo com a pátina da arrogância. Em seus corações não há empatia, em suas mentes não há humildade ou proximidade e muito provavelmente eles também não sabem o que a felicidade conhece.

«A pobreza não vem da redução da riqueza, mas da multiplicação de desejos» -Platón-

Os pensamentos, valores e atitudes são o que compõem a nossa pele real, aquilo que é visto de fora e que nos identifica no negócio diário. Quem entende o respeito, destaca e consolida grandes laços, mas quem cultiva uma mente inflexível e rancorosa, colhe desconfiança.

Há pessoas pobres muito ricas de coração e ricas muito pobres em afeição (e vice-versa). Somos, sem dúvida, um mundo complexo e instantâneo, onde somos forçados a coabitar.

Por isso, uma conclusão: valeria a pena investir mais esforços nesse mundo interior, tão carente de nutrientes para alcançar um cenário mais respeitoso para crescer em harmonia. Propomos refletir sobre isso.

Ser pobre na mente e no coração é desperdiçar a vida

Além do que possa parecer, a pessoa pobre da mente e do coração não é tão abundante quanto pensamos. A espécie sobrevive, a mais forte pode às vezes ser a mais nobre e o mal nem sempre triunfa.

A maioria de nós permanece reacionária em face da injustiça, do egoísmo e das violações. Tudo isso nos mostra porque atos como esses atletas atingem o mundo inteiro com tanta força.

É como se essas cenas desintoxicassem nossos corações para nos fazer ver que a bondade, de fato, continua a triunfar, e ainda mais: ela nos infecta. Contudo, pode-se dizer que os pobres de mente e coração nem sempre agem com o mal. O que existe na realidade é a falta de receptividade e empatia.

São corações incapazes de enxergar além do elegante sótão de seu mundo solitário de egoísmo. É algo que temos que assumir. Nós não podemos mudá-los, nem convencê-los, quanto mais lutar contra eles.

É sobre “ser e deixar ser”. Porque quem é pobre de valores mentais e afetos desperdiça sua vida. É como um elemento estranho que no final, no epílogo de sua vida, descobre sua própria solidão. Envolto no véu da amargura vem a conclusão sutil do mundo contra ele. Que ninguém valoriza o que ele é e o que ele fez.

Embora de certo modo seja assim. A bondade sempre supera a indiferença e a deixa de lado. Talvez, e de certa forma, nós somos como aqueles fascinantes bandos de estorninhos que avançam na vida como numa coreografia, sincronizada, como diria Jung.

Sabemos que fazer o bem é necessário para nossa espécie e, portanto, diante de um ato de altruísmo, respeito e amor, continuamos empolgados. Continuamos a acreditar na nobreza do ser humano.

Imagem de cortesia de Christine Ellger, adaptado e editado via La Mente es Maravillosa



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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