curiosidades

Pessoas esquecidas podem ser mais inteligentes que a média

O esquecimento é frequentemente considerado um problema, mas um estudo descobriu que isso acontece principalmente para aqueles com inteligência superior.

Você costuma esquecer as coisas? Não se preocupe, é um sintoma de inteligência e é a própria ciência que diz isso.

De acordo com os resultados de um estudo realizado na Universidade de Glasgow, na Escócia, aqueles que tendem a esquecer também são mais propensos a aprender. Para muitos, pode ser um problema, uma vez que ele é frequentemente acusado de se distrair ou não prestar a devida atenção. A partir de hoje, você pode deixar de ser devorado pela culpa, porque ser mais inteligente que a média não é definitivamente um defeito.

O professor Edwin Robertson argumenta que as pessoas que esquecem as coisas mais rapidamente são também aquelas com mais flexibilidade e habilidades de aprendizado. Ser esquecido seria, portanto, um sinal de inteligência. O estudo parece confirmar que as pessoas com pouca memória estão sempre ocupadas, isto é, não lembrando de certos detalhes, porque trazem à mente o pensamento sobre outra coisa.

De fato, a equipe neurológica acredita que “esquecer” é uma função real de nosso cérebro, uma função necessária para permitir não apenas a aquisição de novas informações, mas também estabelecer conexões entre diferentes noções. Parece, portanto, que os esquecidos têm um ótimo desempenho na resolução de problemas e múltiplas tarefas e a capacidade de adaptar seu comportamento às circunstâncias.

Os participantes do experimento foram convidados a memorizar uma lista de palavras, cada uma delas conectada a um movimento digital como o que usamos quando compilamos o PIN do caixa eletrônico. Os mesmos números de código produzem sons diferentes quando pressionados. Por exemplo, imagine que a palavra “house” foi conectada ao código com os sons “1234”, enquanto a palavra “horse” foi combinada com o código com os sons “2589”.

O experimento mostrou que as palavras cujo som era semelhante ao ritmo do código eram mais fáceis de lembrar. Mas o resultado mais importante foi que as pessoas que esqueceram a lista de palavras depois de algumas horas foram as que melhor conseguiram realizar o exercício de ligação entre a palavra e o PIN, se a leitura e a escrita estivessem em rápida sucessão.

Em conclusão, segundo a equipe de pesquisadores, a “memória instável” (esquecida mais rapidamente) possibilita acelerar o aprendizado. As funções de aprendizado do cérebro funcionam, em resumo, como um recipiente: preenchendo a borda, a informação não encontra mais espaço para armazenar. Portanto, devemos prosseguir com um processo de repressão que nos permita aprender novas noções.

Aparentemente, no entanto, além das habilidades mnemônicas, a eliminação das informações permite melhorar os desempenhos analíticos. Os sujeitos que esquecem mais rapidamente são também aqueles que melhor conseguem as conexões entre causas e efeitos e sabem como reagir mais rapidamente diante de mudanças nas circunstâncias.

Memorizar e aprender qualquer coisa são duas coisas completamente diferentes e existem algumas mentes que tendem a dividir conceitos automaticamente. Não nos esquecemos do que aprendemos, mas nosso cérebro elimina todas as informações secundárias para dar espaço a novas informações.

Esquecer é, na verdade, um processo completamente natural e permite aumentar e acelerar a capacidade de aprender. As pessoas mais esquecidas, portanto, não se lembram de fatos diferentes que não têm uma importância significativa, simplesmente porque armazenaram muitos outros que substituíram os anteriores.

Esquecer é o primeiro passo para aprender, de acordo com o autor do estudo, significa ter um cérebro flexível.

Fonte indicada: menteasombrosa.com, traduzido por A Soma de Todos os Afetos

A Soma de Todos Afetos

Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

View Comments

  • Tenho minhas dúvidas com pesquisas científicas em geral e sempre fico com um pé atrás com pérolas do gênero. Isso porque, não poucas vezes, cientistas vêm à público para desmentir o que consideravam uma verdade científica, há pouco tempo atrás, como por exemplo, enfatizando a importância de uma mente ativa e dinâmica em qualquer idade, valorizando exercícios para lembrar fatos, datas e nomes de pessoas, a fim de ter uma mente saudável. Pesquisas científicas se contradizem quando enaltecem o valor de um alimento, por exemplo o café, antes de uma nova pesquisa o apresentar como vilão da saúde humana. Cientistas do passado têm sido fragorosamente desmentidos por cientistas atuais que, a seu tempo, serão contestados e contraditos por pesquisadores do futuro que ainda nem nasceram. Seria bom não esquecer disso para lembrar que nossas intuições e inspirações, às vezes, nos ensinam muito mais.

Recent Posts

Mulher que ‘mora’ no McDonald’s com a mãe faz vaquinha para arrecadar R$ 10 mil

No bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, uma situação peculiar ganhou destaque…

14 minutos ago

Pedro Scooby relata desespero durante resgate de 50 pessoas nas enchentes no RS

O surfista Pedro Scooby utilizou suas redes sociais na última terça-feira (7) para relatar a…

38 minutos ago

Honestidade demais pode ser brutal

Um dia, alguém que você ama lhe fará uma pergunta esperando receber algum tipo de…

18 horas ago

Jovem compra bolo com cobertura preta mas se surpreende após comer o doce

Ao invés do tradicional glacê ou chocolate, ela optou por um delicioso bolo com cobertura…

19 horas ago

Virginia Fonseca surpreende ao doar grande quantidade de roupas para vítimas no Rio Grande do Sul

A influenciadora digital Virginia Fonseca mostrou sua solidariedade em meio à tragédia que assola o…

20 horas ago

Homem mais gordo do Reino Unido, Jason Holton, falece aos 33 anos

No último sábado, o Reino Unido lamentou a perda de Jason Holton, conhecido como o…

2 dias ago