Steffany: A heroína de 11 anos que dá aula entre becos para crianças

É no cenário de ruas com esgoto aparente, sem saneamento básico, entre becos apertados que Steffany Rafaela da Silva, 11 anos, começou a tentar mudar um fato. Algumas crianças mais jovens que Steffany, em sua comunidadee em Recife, a Roda de Fogo, não estão estudando o suficiente. Ela então reuniu 14 delas e começou a lecionar os conteúdos que sabe.

A vizinha, Cátia da Silva, conta quem é Steffany no bairro: “Ela é assim desde pequena. Ainda muito nova, antes mesmo de entrar na escola, já gostava de brincar de ensinar. Cresceu e não mudou. Todos os dias está aí, em pé ou sentada no chão. Procura um cantinho mais limpo e seco, onde não tenha esgoto escorrendo e, com a maior paciência vai ensinando inglês aos meninos, contando historinhas, ajudando nas tarefas. Só não tem aula se chover, porque eles não têm onde ficar.”

A mãe de Steffany, Rafaela, está desempregada. As duas moram numa casa de apenas um cômodo. E apesar de toda a falta de estrutura e pouca idade, Steffany sempre consegue continuar ensinando. E com preparação disciplinada de aula que costumam acontecer em cima de sua cama. Ela consegue pequenas doações de dinheiro com amigos e vizinhos e faz cópias, para entregar aos seus alunos.

O maior sonho de Steffany é, também, um pedido de socorro da nossa educação como um todo. A menina diz que sonha em “ter uma sala, um cantinho para estudar com meus amigos. Nos becos a gente não consegue ficar quando chove e também preciso de um lugar para guardar o material e para organizar as aulas”.

Com informações de Razões para Acreditar.



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

1 COMENTÁRIO

  1. Esse negócio de PROFESSOR HERÓI é parte do problema. Professor é profissão como outra qualquer, tem que ser bem pago pela função, facilitar o acesso a uma boa formação e boas condições de trabalho. Não importa se há vocação ou não no sujeito que resolveu se dedicar a essa atividade. Nem professores nem bombeiros têm que ser “heróis” de nada.

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