Cobrança não gera mudança

Às vezes temos a falsa ideia de que cobrar irá gerar os resultados que queremos quando o assunto é relacionamento. Cobrança não gera mudança. Gera raiva, irritação, frustração e por aí vai. Cobramos insistentemente acreditando que estamos fazendo a coisa certa. Por vezes, ainda usamos de comparações para tentar “impactar” o outro. O que não entendemos é que cobrança não gera mudança.

Existem várias formas de comunicar a mesma coisa e sempre escolhemos uma forma desgastante de comunicar ao outro aquilo que ele poderia melhorar. O que você gostaria que o seu parceiro ou parceira mudasse? Se recorda das vezes (inúmeras) que cobrou?

“Ah, mas você não fez isso… Ah mais você não fez aquilo”, pensou? Agora me diga, quantas vezes isso teve um efeito real? Uma mudança efetiva e duradoura? Quantas vezes, por outro lado, cobrar insistentemente gerou uma discussão? Sabe o que acontece? A cobrança soa como incapacidade. De não ser aquele que o outro espera. Ela não nos desafia a ponto de “evoluirmos”, mas nos estagna. Gera um sentimento de impotência, de não conseguir suprir as expectativas alheias e de deixamos de entender que TODO PROCESSO de mudança leva tempo.

Não se desconstrói algo do dia para noite. E, por querermos tudo para hoje e para já esperamos que o outro se encaixe perfeitamente naquilo que exigimos e esperamos e, assim, não vemos as pequenas mudanças que são esmagadas pela nossa cobrança diária.

Repare nos pequenos detalhes, nas pequenas atitudes que demonstram mudanças, entenda aquilo que você está disposto a aceitar no outro e pare de cobrar. Fique com alguém que você ACEITE e entenda que a MUDANÇA não acontece porque você deseja, porque o namoro está firme, o casamento aconteceu. A mudança acontece se o outro quiser, se ele desejar, se ele achar necessário. Ninguém muda ninguém. Cobranças sufocam qualquer relacionamento. O desejo de ser alguém melhor para o outro deve partir do outro e não de você.

*** Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Green Book



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Estudante de psicologia, apaixonada por artes, música e poesia. Não dispensa um sorvete e adora um pastel de feira com muito requeijão, mesmo sendo intolerante a lactose. Tem pavor de borboletas, principalmente as no estômago.

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