Amor que é grande não é posse.

Não existe amor de menos. Amor de menos é desamor, é gostar como se gosta de qualquer coisa agradável, mas que não causa turbulência na gente. Amor que é pouco é bom para amenizar o vazio momentâneo, porém insustentável a longo prazo. Mata a fome, não é saudável para o corpo. Amor de menos é passageiro, vem e vai, não resiste, não persiste, não deseja ficar apesar das dificuldades. Amor de menos gosta mesmo é do fácil. Do prazer. Amor de menos é tudo, menos amor.

Sem essa que amor não bagunça a gente, embora ele vem para dar paz, tranquilidade, serenidade… amor causa alvoroço, urgência, necessidade de estar junto — mesmo compreendendo as distancias necessárias. Amor é excesso. Não faz cobranças, não se baseia em exigências para existir. Ele apenas é abundante. Deseja o bem; faz o possível para compartilhar desse bem juntos, mas se não possível fica tudo bem. Amor revira a gente de dentro para fora, é visível no sorriso a sua manifestação. Amor bagunça a desorganização dos pensamentos — é contraditório, incompreensível, mas ajusta o inajustável.

Amor é crescimento. É exponencial. É degrau que subimos em passos certeiros — às vezes caímos — e constantes. Por isso o amor é sempre grande, mas viajante, sozinho, para o nosso próprio paraíso. Amor que é grande não é posse. Não é pedinte. É sinceridade no querer a felicidade do ser que se ama, estando presente ou não. Amar como nunca antes, sempre oferecendo o seu melhor, não esperando nada de volta.



LIVRO NOVO



Nasceu no Piauí e cresceu em São Paulo, mora atualmente em Santo André – SP. Apaixonado pela área de exatas, mas tem o coração nas artes e escrita; trabalha e defende o meio ambiente e, as causas naturais: sentimentos; afetos; amor.

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