O pote de feijão que pensei ser sorvete

Os enganos…. Quem não deseja que aquele pote do freezer seja do seu sorvete preferido?! Aquele que você enxerga quando está no desejo de comer um doce numa tarde quente de verão?

Isso se chama desejo… e desejo é o que não temos, e é onde canalizamos energia para o que nos faz falta. O desejo desperta atenção e da poder para o “objeto desejado”.

Voltando ao freezer: nesse momento, amamos a ideia desse sorvete! Amamos a ideia de saborear ele nesse dia que tudo o que você mais desejaria era ele em sua boca, refrescante. Ao se lançar ao pote, na expectativa de saciar esse desejo, a desilusão e frustração são inevitáveis quando a realidade é diferente do que se idealizou.

Mas e agora, a culpa é de quem ? Do feijão? Do pote? De quem colocou ele lá ? Ou nossa por criar a ilusão do sorvete?

Nesse momento, passamos a amar ainda mais o sorvete e a reconhecer que de fato nos enganamos pelas aparências. E temos a mania de amar o que não temos e de amar o que não conseguimos. E aí está: amamos o que desejamos e desejamos o que não temos.

“Estava fácil demais”, você pode pensar… “um sorvete assim na geladeira”… O importante é lembrar que há coisas a serem conquistadas com verdade e há de se ter calma e paciência para reconhecer os potes. Nem todos vão te enganar, alguns serão feijão sim, mas há outros que estarão repletos de sorvete, e pode ser de um sabor novo, que você jamais provou e que no fim, se você se permitir, pode acabar se apaixonando. Basta também acreditar que você merece um pote de sorvete numa tarde quente de verão!

Que os enganos não tirem a sua vontade e que os desejos não te iludam.



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É jornalista, atriz, locutora, dubladora e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações .

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