Você tem tempo para você?

Assistindo a alguns vídeos do terapeuta e escritor Luiz Gasparetto, venho refletindo bastante a respeito do que muitos dizem por aí:

“No meio de tantas atividades, você tem tempo para você?”

É comum as pessoas falarem isso, mas veja só! Você não acha esse pensamento um tanto quanto incoerente?

Todo o tempo que eu tenho é meu, oras?

O que as pessoas estão realmente querendo dizer ao fazer esse questionamento é sobre o EMPREGAR DO TEMPO, como ele está sendo utilizado.

A partir daí podemos conversar! Muita gente pergunta isso, quando na realidade deveriam estar olhando mais para dentro de si mesmas. Será que quem pergunta isso está utilizando bem o seu tempo? Talvez não.

Em minha opinião, utilizar bem o tempo é fazer algo que traga bem estar para si e para os outros, que lhe dê o sentimento de realização e de dever cumprido. Já disse várias vezes por aqui, o que eu faço que me dá o sentimento de realização é ensinar e escrever. Nem percebo o tempo passar! Às vezes leio por horas e horas, inclusive de madrugada. Outras vezes acordo no meio da noite com uma inspiração e corro para o computador para escrever um texto novo, às vezes depois que termina a aula fico um bom tempo conversando com meus alunos etc. etc.

Nada disso é peso para mim, muito pelo contrário, é uma imensa alegria. E é dessa forma que desejo que você reflita hoje! O seu tempo é todo seu! 100% seu. A questão é como você está empregando seu tempo.

Se você está trabalhando em algo no qual não se vê, não se percebe (to realize), como diria o Mario Sergio Cortella. “To realize”– perceber-se. Ou seja, ter uma identidade com o trabalho. Saia dele o mais rapidamente possível! Esse trabalho não é para você! Se quiser ler com mais detalhes essa visão incrível do filósofo Cortella, deixo abaixo o link de um texto que escrevi sobre isso. Vale a pena ler…

Você precisa se realizar naquilo que faz

Quando você se realiza no que faz, ainda que sua atividade tome muitas horas do seu dia, você volta para casa feliz, mesmo que cansado. Dorme muito bem, com um sono reparador e acorda no outro dia animado, pronto para novas realizações ainda maiores que no dia anterior. Você tem esse sentimento que acabei de descrever? Ele é incrível! Se ainda não tem, não perca tempo! Ouça a voz do seu coração e faça aquilo que faz com que ele vibre de emoção. O caminho do coração sempre é o mais adequado para nós. Sempre! Acredite nisso…

Para complementar essa ideia, volto a um exemplo muito interessante que ouvi do Mario Sergio Cortella também. Existe uma diferença bem básica entre CANSAÇO e ESTRESSE.

Cansaço é quando você vai dormir e na hora de acordar tem vontade de dar um cochilinho de 5 minutos para levantar com toda a energia para mais um dia.

Estresse é quando o despertador toca pela manhã e tudo que você quer é não sair da cama, tem vontade de morar nela.

Cuidado! Com esse simples exemplo deu para perceber bem a diferença, não foi? No seu dia a dia, seu trabalho tem apenas lhe cansado ou tem lhe estressado? Responder a essa pergunta é fundamental…

Adoro as palavras do pensador da antiguidade Sêneca ao tratar sobre o desperdício do tempo. Leia com atenção!

“O quanto de tua existência não foi retirado pelos sofrimentos sem necessidade, tolos contentamentos, paixões ávidas, conversas inúteis, e quão pouco te restou do que era teu?

A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para alcançarmos grandes realizações.

Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se não dedicada a nenhum propósito, por fim, se não se respeita nenhum valor, se não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai”

Essas palavras tocam lá na alma! Não deixe que sua vida se esvaia, passe depressa como um sopro do dragão! Tenha coragem para torná-la extraordinária! Eu acredito em você.

Para concluir, lhe deixo com essa reflexão: Você tem tido tempo para você?…



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Bacharel em Física. Mestre em Engenharia Mecânica e Psicanalista clínico. Trabalha como professor de Física e Matemática, mas não deixa de alimentar o seu lado das Humanas estudando a mente humana e seus mistérios, ouvindo seus pacientes e compartilhando conhecimentos em seu blog "Para além do agora", no qual escreve desde 2012.

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