Carta aberta para o amor: só dure o tempo que mereça.

Não queira nada forçado ou suplicado. É justo assim, quando o amor apenas flui entre as partes. Se for possível, até um para sempre cabe. Do contrário, é melhor preservar o coração aberto com a razão em dia. Amor, só dure o tempo que mereça.

Falando no tempo, ele já está de acordo com a situação. Ele entende bem dessas coisas. Porque se tem algo que o tempo tem de sobra é conhecimento. Ele dita a validade, mesmo sem ninguém perceber, do amor e de todos os seus desdobramentos. Ele é cuidadoso – e até deixa um espaço para improvisos mas, no fim de cada abraço, ele já previu possíveis saudades e alívios.

Não adianta procurar amortecer o baque. Não faz sentido querer uma explicação perfeita. Qualquer dúvida sobre o amor é respondida no dia a dia, no respeito e na soma em que ele consiste. Sem nada disso, não dura. E também não cede ou muda. Daí ele pode se transformar em tudo, menos amor.

Que seja amor, mas que só dure o tempo que mereça. Sem desvios, sem abusos, sem traições, sem ausências e sem mentiras que, por causa da sensação de leveza que ele desperta, esquecemos.

Não romantize o amor. Não desse jeito, não com essa autoestima. Mereça-o, mas o deixe livre para voar. Amor, o sincero amor, só cresce em quem não sufoca o desejo de ficar.



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