Eu me perdoo, eu te perdoo

Não basta perdoar os outros e não basta que os outros nos perdoem se não conseguimos perdoar a nós mesmos. Perdoar a si é aceitar que somos humanos e como seres imperfeitos iremos cometer diversos erros ao longo da vida. E isso envolve permissão.

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Permitir-se é olhar para os nossos erros com arrependimento sim, mas sem culpa e sem autocondenação. A experiência do erro nos coloca frente as nossas fragilidades. Considero que a parte mais difícil de aceitar um erro cometido por mim é quando isso envolve magoar outras pessoas. Tenho dificuldade pra aceitar que uma outra pessoa está chateada comigo, que causei algum sofrimento a alguém ou que decepcionei devido a algum comportamento inesperado. Mas, é preciso que a gente se aceite. É preciso seguir: errando, perdoando, caindo, levantando, mas seguindo.

Aceitar a nossa condição humana é saber que nosso trajeto envolve muitos erros, muitas quedas, alguns arrependimentos, recálculos de rota, tropeços inesperados… E aceitando isso saberemos que as pessoas que convivem conosco também terão o direito de errar. Os nossos pais erram, os nossos amigos erram, os nossos chefes erram, os nossos amores erram… E nós também erramos.

Eu lhe perdoo não porque eu acho certo o que você fez, mas porque eu admito que também erro e nesses casos preciso do seu perdão. Eu lhe perdoo porque isso me deixa mais leve. Eu lhe perdoo até mesmo sem você merecer, mas nesses casos eu perdoo por mim e não por você. Eu perdoo a sua grosseria, as suas mudanças repentinas de humor, a sua falta de atenção para comigo. Eu perdoo a sua ausência, a sua impaciência e a sua imperfeição. E quer saber? Eu também me perdoo.

Me perdoo pelas vezes que agi sem pensar. Me perdoo pelas minhas grosserias. Me perdoo pela minha instabilidade. Me perdoo por saber que um erro não muda meu caráter. Me perdoo porque preciso do meu perdão e do seu perdão pra me sentir em paz. Padre Fábio de Melo nos diz que o caderno é uma metáfora da vida…

Quando os erros são demais, vire a página. E recomece. E assim descobrimos que erros não precisam ser fontes de castigo, erros podem ser fonte de virtudes. “Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida”. E você? Quantas páginas precisa virar na vida para que se sinta capaz de recomeçar sem culpas?



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"Psicóloga de vez em sempre, organizada de vez em nunca. Escreve sobre coisas aleatórias e em momentos mais aleatórios ainda. Tem mania de observar tudo ao seu redor, mas tem opinião formada sobre bem poucas coisas. Aprendiz na arte de encerrar ciclos e de se abrir para novas experiências. Acredita em Deus e nas pessoas. Gosta muito do mar, de sol, da família, dos amigos. Corre, malha, faz trilha, come e bebe quando tem vontade. Sensível e durona, teimosa e manhosa: HUMANA.

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