Acolha o pior e o melhor de você

Por Isabela Nicastro – Sem Travas na Língua

Ninguém entende o que você está passando. Por mais que tentem te ajudar, por mais que te julguem, apenas você pode identificar o que sente. E mais do que isso, é preciso acreditar e confiar no que se sente. Não é drama, não é exagero, não importa o que digam. Confie e acredite, você não é louca.

É claro que a mente prega peças. Às vezes criamos paranoias, em que é preciso alguém para nos orientar e trazer de volta à realidade. Alguém em que confiamos, que nos conhece a ponto de dizer que aquele pensamento ou comportamento está além do nosso equilíbrio. No entanto, algumas pessoas, muitas vezes, as mesmas que convivemos e confiamos, insistem em nos taxar de alguns rótulos.

A louca, a desequilibrada, a chorona, a depressiva, a maluca, a biscate, a nerd. Nos colocam em “caixas” pré-definidas e, por mais que aconteçam mudanças e evoluções da nossa parte, seremos sempre aquelas que jamais sairão das “caixas” que lhes foram dadas. Aí, de tanto nos separarem em caixas, acabamos por acreditar nelas. Nos enfiamos lá no fundo e aceitamos aquele espaço. Fazemos delas a nossa principal morada.

Agimos e reagimos conforme a definição que nos foi dada. Condicionamos nosso comportamento e, por vezes, realmente exageramos porque é preciso afirmar, inconscientemente, uma posição que nos colocaram. E como é sofrido quando essa condição é imposta. Afinal, somos compostos de vários sujeitos em um só, por vezes loucos, por vezes sóbrios, por vezes tristes e melancólicos. Limitar-nos a apenas um é limitar nossa potencialidade e capacidade.

Daí a importância em acreditar no que se sente. Mais do que ninguém, você é a melhor pessoa que pode se conhecer. Você sabe o limite de onde ir e o que realmente te incomoda. Por isso, vá além das pilhas de caixas que te colocam. Quebre barreiras sobre definições e acredite em você. Se te dói, livra-se. Se te machuca, cure. Seja você e acolha o pior e o melhor de si mesma.

Fonte indicada: Sem Travas na Língua

Imagem de capa: AstroStar, Shutterstock



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Capricorniana, 23 anos, jornalista. Apaixonada por mar, cães e cafés da tarde em família. Não dispenso bacon e muito menos uma boa história. Meu coração é intenso e grita mais do que a razão. Tenho o sentimento como guia e a escrita como ferramenta.

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