Curar o interior para cicatrizar o exterior

Quantas vezes nos sentimos mal sem um motivo aparente? A tensões que acumulamos no interior de nós mesmos se refletem em nosso exterior. Pesquisas recentes constataram que a tensão psicológica pode dar a origem a doenças corporais. Para curar o de fora, precisamos primeiro controlar o de dentro, nossos conflitos internos.

A tensão emocional machuca lenta e inexoravelmente o corpo, se expressando por meio da depressão, ansiedade ou estresse. A canalização incorreta dos conflitos emocionais pode desencadear um amplo leque de doenças, como a diabetes mellitus, o lúpus e a leucemia.

Quando as emoções nos machucam

Em muitos casos, as pessoas pensam uma coisa e dizem outra, sentem uma coisa e fazem outra, não são coerentes com elas mesmos por medo da rejeição, do abandono, da crítica, de perder prestígio e de ser julgado pelos outros. De tanto pensar na valorização alheia nos esquecemos de nosso próprio julgamento, e isso causa inúmeros conflitos interpessoais.

As emoções que não expressamos afetam nossa saúde e se expressam no corpo através da dor e da doença. Nosso corpo nos envia sinais para chamar nossa atenção sobre a existência de algo que é preciso mudar, sejam pensamentos negativos ou crenças distorcidas enraizadas que limitam nossa vida. As distorções ocupam um papel predominante ao serem produzidas pela perturbação emocional.

Essa percepções e pensamentos distorcidos que o sujeito realiza sobre si mesmo, o mundo e o futuro, o levam a desenvolver estados de ânimo disfuncionais como: fobias, depressão, ansiedade, problemas de autoestima e transtornos obsessivos. A distorções cognitivas são falhas do pensamento que o ser humano utiliza constantemente para interpretar a realidade de forma irreal.

Essas percepções originam-se em falhas no processamento da informação e nos processos emocionais ao invés de racionais. Podem basear-se em crenças irreais firmes, mas as distorções na verdade não são crenças, e sim hábitos de pensamento que nos levam às emoções negativas.

Controle emocional para cicatrizar o exterior

As emoções influenciam o pensamento e a conduta, por isso seu controle é de fundamental importância. Qualquer acontecimento, por mais simples que seja, desperta emoções bem distintas. Isso se deve ao Sistema Límbico, o encarregado de que possamos considerar que as emoções formam parte de nós e de nossa maneira de reagir ao mundo.

A técnica mais simples de controle emocional é aprender a evitar o que gera emoções negativas em nós, sejam pessoas ou situações. Temos que tomar cuidado ao evitar as situações, já que podem reforçar um estilo de enfrentamento baseado na preservação de si mesmo, que é pouco efetivo na resolução de problemas. No entanto, controlar as emoções negativas é necessário.

Outra das técnicas mais naturais e úteis para controlar as emoções antes, durante e depois de enfrentarmos situações emocionalmente intensas é o relaxamento. Ao relaxarmos, conseguimos um efeito de calma que nos faz visualizar a situação de forma mais nítida.

As técnicas mais úteis para controlar nossas emoções são as técnicas cognitivas. Para mudar as emoções temos que mudar os pensamentos, já que a emoção e o pensamento andam juntos, e se mudamos o pensamento podemos regular tanto nossas emoções quanto nossas ações. Técnicas cognitivas como o ensaio mental, a percepção do pensamento e a mudança de perspectiva nos ajudarão a curar o interior para poder cicatrizar o exterior.

Imagem de capa:  Venera Salman/shutterstock

via A Mente é Maravilhosa.



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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