Ego: que bicho é esse?

Imagem de capa: Vasileios Karafillidis, Shutterstock

Tanto se ouve falar de ego e, de fato, compreendê-lo é muito importante para qualquer pessoa que busca crescer e se aprimorar na vida, mas parece ser tão complicado…

Simplificando e objetivando a coisa, numa visão espiritual, o ego nada mais é do que a IMAGEM que temos de nós mesmos a partir da perspectiva da sociedade em que vivemos.

A nossa mente, na verdade, cria muitos PERSONAGENS nossos ao longo da vida terrena: somos o amigo, o namorado, o funcionário, o filho, etc. E esses personagens são criados a partir de um conjunto de valores e pensamentos apreendidos e absorvidos da sociedade. Ou seja, o ego se espelha nos outros.

O problema, contudo, é nos identificarmos com esses personagens criados pela nossa mente, realmente acreditarmos que esses seres fictícios criados a partir de conceitos alheios seja a nossa ESSÊNCIA.

E a identificação é um problema porque esse conjunto de pensamentos que formam o ego nos conduz a experiências que muitas vezes nada dizem sobre a nossa essência, nos levando a uma vida de dor e sofrimento.

O ego, pois, geralmente nos conduz a experiências em desacordo com o que realmente somos, com o que gostamos e com o que traduz A NOSSA VERDADE.

O processo de crescimento, nesse contexto, começa a partir do momento em que tomamos consciência de que NÃO PODEMOS VIVER OS NOSSOS PENSAMENTOS COMO SE FOSSEM NÓS MESMOS, inclusive porque possuímos controle total sobre eles.

Não somos, definitivamente, esse amontoado de pensamentos inconstantes que vivem na nossa mente, atribuindo-nos diversos personagens. Estamos além de tudo isso. Eles, definitivamente, não nos identificam.

E qual é o papel do ego nessa bagunça toda? O ego é um COMPONENTE DO PROCESSO DE DESPERTAR

Na realidade física, a nossa consciência não se manifesta claramente, ela fica encoberta pelo ego. Ou seja, o ego não nos permite vermos quem realmente somos.

Mas por quê? Para realizarmos um processo de busca interior, de autoconhecimento. Ao nos sentirmos restritos, entramos em contato com as nossas escuridões e temos a oportunidade de clareá-las.

O ego, portanto, é uma ferramenta que, ao nos restringir, nos força a buscar descobrir tudo o que realmente somos e a fazer com que a nossa ESSÊNCIA prevaleça.

O processo de CURA, então, ocorre quando nos desvinculamos desses personagens criados e nos desidentificamos com a nossa mente.

O encontro com a nossa essência faz com que sintamos a PLENITUDE vinda de dentro de nós mesmos. Não precisamos mais procurar externamente. Entramos, enfim, em contato com o nosso EU SUPERIOR. Abandonamos a vida de sofrimento sem fim.

Nesse contexto, é importante que não façamos de nossos egos nossos inimigos, pois eles têm um importante papel no processo evolutivo. Precisamos, apenas, compreendê-lo e usá-lo a nosso favor.



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“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”

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