Anieli Talon

Relacionamento abusivo – um nome novo para algo antigo

Imagem de capa: Artem Furman, Shutterstock

:: Relacionamento abusivo é um nome novo para algo antigo e traz luz a várias questões sociais intrínsecas onde há o excesso de poder pelo outro e de total controle – (ou descontrole) ::

Quando o assunto é “relacionamento abusivo” a primeira coisa que aparece na mente da grande maioria é a relação casal – mais comumente entre homem e mulher. Mas é importante lembrar que há histórias e características semelhantes da relação abusiva que atingem outros círculos de relacionamentos, como o familiar/parental e o profissional/empregatício.

A relação abusiva é aquela que atinge o psicológico da pessoa colocando-a num lugar de submissão e de perca do controle. O comportamento abusivo varia do verbal ao físico, chegando até mesmo ao sexual.

Numa relação parental e familiar é mais comum ocorrer este tipo de violência, já que os pais ou quem quer que seja o provedor do lar, carrega tacitamente esta autonomia de controle. Os pais são incumbidos da responsabilidade da educação que pode ser confundida e levada a uma relação abusiva, de total DEScontrole, refletindo no desenvolvimento daquele ser humano, resultando em sequelas psicológicas e emocionais. Não há educação por meios da agressão, repressão ou violência. Isso só resulta em revolta, desrespeito e mais violência.

A manipulação emocional, ou chantagem, é uma forma de violência e é perigosa, porque penetra mais fundo que uma agressão física. Não é fácil detectar uma pessoa que está sendo vítima desse tipo de comportamento, pois não são os fatores físicos que entregam as agressões, porém o abuso emocional fere enormemente uma pessoa e, em muitos casos, essa ferida pode ser permanente.

Relacionamento abusivo é um nome novo para algo antigo e traz luz a várias questões sociais intrínsecas onde há o excesso de poder pelo outro e de total controle – (ou descontrole).

É importante reconhecer um relacionamento abusivo, perceber se está vivendo este tipo de relação ou se alguém próximo vive essa realidade. É essencial buscar apoio familiar e de amigos aliado a uma ajuda psicológica.
O agressor também pode se dar conta de suas atitudes e buscar ajuda.

É comum os agressores fazerem as vítimas acreditarem que são culpadas pelos ataques, mas elas não têm culpa pelo comportamento agressivo e manipulador do seu agressor.

Falar sobre o assunto pode ajudar a despertar pessoas que vivem esta realidade e pensam que são atitudes normais para suas relações. Nenhuma relação que tenha medo, será uma relação saudável. Cuide-se.
Relacionamento abusivo existe e é preciso reconhecê-lo.
Busque ajuda quando necessário.

Anieli Talon

É jornalista, atriz, locutora, dubladora e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações .

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