Pamela Camocardi

Amor não precisa de discurso para existir. Precisa de atitudes.

Imagem de capa: oneinchpunch, Shutterstock

Primeiramente, deixe-me lhe perguntar: você já viu Gandhi, Mandela, Madre Teresa de Calcutá ou Martin Luther King falando do bem que fizeram à humanidade? Não, né?! E sabe por quê? Porque eram pessoas do bem e sabiam que para melhorar o mundo não precisavam de plateia, nem de um discurso avassalador, mas de ações. E assim fizeram.

Agora, vamos ao ponto que quero chegar: quantas vezes você recebeu palavras no lugar de ações como forma de suprir um erro cometido? Quantas vezes você ouviu quer um “nunca mais farei isso” depois de ter sido magoada de forma surreal? As palavras têm esse encanto mesmo. Não foi à toa que terras foram colonizadas e nações enganadas por políticos. A comunicação seduz e tornou-se uma arma para quem a sabe usar.

A questão aqui é: há uma grande diferença entre atitudes e palavras e as pessoas precisam, urgentemente, aprender isso. Notem, quem muito promete e muito “jura de pé junto” é porque precisa afirmar uma verdade que foge da normalidade. Usam os argumentos para convencer as verdades que suas atitudes não provam. E isso envolve todos os relacionamentos sociais: profissionais, familiares e amorosos.

Do que adianta ouvir “ eu te amo” se não foi apresentada como namorada? Do que importa um “eu sou fiel”, mas não assume o relacionamento e só sai com você no final da festa? Às vezes, um “estou na portaria te esperando” tem mais a dizer do que todas as vezes que ele disse que estava com saudades.

Eu sei que fomos ensinados a acreditar que o verdadeiro amor é estar junto todos os dias, fazer pequenos sacrifícios, não querer mais ninguém…. e blá blá blá… mas amor é muito mais complexo que isso.

Amor é quando você recebe um convite para jantar, do cara mais lindo do universo, mas por opção, permanece fiel ao seu parceiro. Porque você o respeita e o ama.

Amor é quando ele não quer continuar a relação e você deixa ir. Porque entende que amar implica em deixar livre e que, do nosso lado, só deve ficar quem quer.

Amar é aprender a valorizar o “bom dia”, “estou indo aí” e o “você está melhor” mais do que o “eu te amo”. Entendendo que há uma grande diferença entre o amor verbalizado e o comprovado.

Entenda que um anel de brilhantes não é prova de amor. Um “eu te amo” escrito pelo esquadrão da fumaça não mede sentimento e um convite para jantar não significa que ele te leva a sério.

Essas coisas não são nada perto das gargalhadas diárias, do respeito mútuo e da cumplicidade que apenas um verdadeiro amor pode oferecer. Então, desencanta aí e acorda para vida! É muito show para pouca plateia nessa relação.

É fato que cada um ama do seu jeito, mas sempre deve haver coerência entre palavras e atitudes. Às vezes, há muito mais verdade no silêncio que nas declarações de amor em praça pública. Mas, cabe a você, decidir qual é o seu padrão de beleza.

Pamela Camocardi

A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.

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