Porque precisamos conhecer tanto as coisas positivas como as negativas em nossa vida.

Imagem de capa: Andrey Arkusha, Shutterstock

A importância de conhecermos o lado positivo (aquilo que nos faz bem) tanto quanto o negativo (aquilo que nos faz mal), pois somente assim podemos entender melhor as consequências de nossas decisões e influenciá-las de uma forma favorável.

Temos que tomar decisões o tempo todo. Acho que a vida é feita disso, de decisões: visto a calça branca ou a azul, vou a pé ou de bicicleta, olho as mensagens no smartphone ou presto atenção na conversa, bebo água ou suco, ligo a TV ou leio um livro, olho para cima ou não, vendo o carro ou espero mais um pouco, separo-me ou fico no relacionamento, como carne ou só legumes, etc., etc., etc. Decidimos o tempo todo, mesmo que sejam coisinhas que passam despercebidas. Agora mesmo, você está lendo este texto porque assim se decidiu. Você poderia tomar outra decisão, levantar, pegar o cachorro e ir bater perna na rua, ou fazer qualquer outra coisa e ler este texto mais tarde ou amanhã ou não ler. Tudo que fazemos é uma decisão e não há decisão certa ou errada. Todas são válidas. Mas todas também têm consequências, sempre. Qualquer decisão que tomamos tem um efeito e nós somos os responsáveis por ele. Se eu decido jogar uma pedra para cima e ficar parado embaixo, o efeito será uma provável pedrada na cabeça.

É claro que nem todas as decisões são tomadas por nós, mas sim pela vida, pelas circunstâncias ou mesmo por outras pessoas, quando permitimos ou quando dependemos de alguém. Mas a maioria das decisões que tomamos podem ser influenciadas, sendo que o primeiro passo é ter consciência de que estamos decidindo e de que a decisão tomada terá consequências.

O segundo passo seria compreender que não é possível tomar todas as decisões conscientemente, já que são muitas, estipulando prioridades e jogando aquelas com baixo risco de consequência grave para o modo automático, decidindo-as espontaneamente, do modo que der vontade ou seguindo o sentimento ou a intuição. Ninguém precisa refletir, por exemplo, se compra essa ou aquela marca de sabonete ou se vai tomar seu café com essa ou aquela xícara. Poder pode, mas não precisa. Basta decidir, sem maiores consequências.

Depois, cuidamos das decisões que restaram, as mais importantes, avaliando as opções, decidindo conscientemente e assim influenciando as consequências. Por exemplo, se alguém estiver perto de explodir, com raiva de outra pessoa, no meio de uma conversa e tiver consciência disso, ele tem a chance de optar por engolir sua raiva, sair de perto, dar um berro no meio de uma floresta ou descarregar-se de alguma outra forma, ao invés de dizer algo impensado ou tratar o outro de uma forma agressiva, indo longe demais e destruindo talvez algo precioso em sua vida. E é aqui que entra a importância de conhecermos o lado positivo (aquilo que nos faz bem) tanto quanto o negativo (aquilo que nos faz mal), pois somente assim podemos entender melhor as consequências de nossas decisões e influenciá-las de uma forma favorável, que nos tragam algo bom ou que pelo menos não tragam nenhum sofrimento ou não aumentem o que já carregamos conosco.



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Blogueiro brasileiro residente em Berlim.

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