Resgate de Natal

Dizem que o bom velhinho nunca existiu, que essa história toda de Noel é mito, é conversa fiada, um história inventada que algum engraçadinho contou. Que esse papo de saco vermelho é tudo bobagem pra criança pequena. “Bobo é quem acredita em Papai Noel, trenó e rena”.

Porém, veja bem, lá em casa ninguém duvida que a barba branca é de verdade, que o homem rechonchudo é o tal São Nicolau, que veio de longe alegrar o Natal. Que tal?

Sinto muito para quem não acredita, mas lá em casa jantam também Rodolfo, Corredora e Dançarina. A Empinadora coloca os presentes na árvore, enquanto Raposa, Cometa e Cupido enfeitam a ceia. E Trovão e Relâmpago, onde estão? Ali atrás ó, vendo televisão!

Que o bom velhinho venha com tudo esse ano e que nos traga o que mais precisamos: esperança! Que a magia da criança não vire uma mera ilusão de gaveta, – como um cometa que vai embora para sempre sem nem despedir-se da gente.

Que você compreenda que acreditar é a única opção que existe, pois quando a gente acredita naquilo, aquilo persiste. Que o Natal viva na sua imaginação como quando seu pai segurava a sua mão na direção do bom velhinho.

Que o bom velhinho seja um bom motivo para fazer o bem. Fazer o bem sem olhar a quem, lembra disso? Que você assuma o compromisso de não perder a fé, mesmo que a maré não dê mais pé.

Que você chegue em casa sorrindo e coloque a meia na janela. Vá em busca da criança que você era. Mesmo que ela se esconda aí dentro, – por preguiça ou até por medo.

Resgate essa criança e recoste sua cabeça em seu peito.



LIVRO NOVO



Não nasci poeta, nasci amor e, por ser assim, virei poeta. Gosto quando alguém se apropria do meu texto como se fosse seu. É como se um pedaço que é meu por direito coubesse perfeitamente no outro. Divido e compartilho sem economia. Eu só quero saber o que realmente importa: toquei alguém? É isso que eu vim fazer no mundo.

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