Será que você me ama?

Existem algumas frases ou textos, que eu gostaria de ter escrito. Leio e tenho uma “inveja disfarçada”, sempre anotando mentalmente: Putz, como eu gostaria de ter escrito isso antes!

Como colaborador de um blog e agora, como autor de outro, às vezes tenho uma vontade louca de escrever, de colocar as coisas no papel (existe ainda papel??). Sempre vou anotando frases soltas no caderno de notas do iPhone e quando menos espero, a coisa sai – geralmente quando estou sentado na minha cafeteria predileta, como agora.

Nesse exato momento, Ana Cañas canta pelas caixas de som: “Será que você me ama?” – uma música linda e antiga, que aprendi a gostar! Odontologicamente falando, eu diria que aprendi a gostar a fórceps…

Há muito, muito tempo, arrisco dizer talvez em outra galáxia, quando ouvia essa música, eu era apaixonado por uma “menina” (sim, ainda tenho a mania de me referir às pessoas com mais de trinta e poucos anos como se elas fossem da minha sala do ginásio ou como fazia em 1992, quando tinha 17 anos e entrei na faculdade. “Menina”, “garoto”, moleque… e por aí vai. Aposto que seu eu morasse no sul do país eu diria “guria”, mas enfim, eu divago…)
O amor acabou por uma série de fatores que dariam outro texto – e aos poucos comecei a gostar dessa música! Devo confessar que no começo eu não curtia muito a letra – talvez pelo fato da pessoa em questão não me amar da forma como gostaria. E o que era uma frase incômoda (Será que você me ama?), virou um mantra pouco tempo depois, com a mudança no sentido e na forma de escrever:

“eu ME amo, será que você SE ama??
Assim mesmo, trocando duas palavrinhas apenas!

Quem nunca?

Dei essa volta toda para falar de frases ou textos que eu gostaria de ter escrito, porque exatamente na semana passada, li uma postagem da Bel Pesce no FB (já tentei dizer “face” ou “facebook”, mas não consigo, deve ser algum tipo de mania ou TOC, sei lá!) que dizia assim:

“Conexão é quando a sintonia é tanta que até mensagens de WhatsApp na madrugada viram anotações no coração”.

Ahhhhh, achei tri (gaúcho total agora, né?) Singelo, carinhoso, cute e … moderno!!! Porque uniu a palavra conexão (que os antigos já usavam – uma ligação forte; talvez os químicos descrevessem conexão como uma ligação covalente, daquelas que não se desfazem – olha eu mais uma vez divagando!) com o termo WhatsApp: uma coisa moderna, talvez a palavra mais dita no vocabulário atual (pelo menos aqui no Brasil, onde esse App é usado por 99,9% das pessoas!).

Será que você me ama? Um amigo de longa data sempre me diz que quando a gente começa a frase com a palavra “será”, significa que alguma coisa não vai bem. Porque será significa não ter certeza. E no campo sentimental, não ter certeza é o pior dos martírios… É claro, nessa vida não temos certeza de nada! Certeza se vai chover, se vai fazer sol, se o carro vai pegar ao virar a chave logo de manhãzinha, se a grana vai cair na tua conta corrente pra você pagar o boleto, se aquele negócio será fechado…
Mas existem algumas pistas, algum termômetro para você identificar que a coisa tá rolando ou não, que você está viajando ou até em outra vibe. Sim, estou falando de re-ci-pro-ci-da-de!

A meu ver, reciprocidade é condição básica pra qualquer tipo de relacionamento, seja com sua mãe, com um primo ou até mesmo com o porteiro do seu prédio! Mais que condição básica, a reciprocidade é um desejo e um direito genuíno do ser humano. Não podemos abrir mão dela por causa de nossos medos, carências e possíveis defeitos! Quando ela é de coração mesmo, quando você percebe que há reciprocidade verdadeira nas intenções, tudo é possível: doação, troca, entrega, respeito, abrir mão, brigar, reconciliar e, acima de tudo, o desejo sincero de construir e permanecer em relações de mais amor e prazer!

Reciprocidade! Seja no sul falando “tri”, seja em Minas usando o “arreda prá lá, sô!”, seja na Bahia gritando: “Bora lá, bora lá?” ou até na Rússia: “Я люблю тебя”

Agora a música já é outra. Aliás, no tempo que levei para escrever esse texto, tocaram umas sete ou oito músicas – algumas com significados, outras não! Sim, quem disse que tudo na vida precisa ter um significado?

Mas isso é papo para outra conversa, talvez com mais músicas de fundo e várias, várias xícaras de café.

Certo, maínha?

(Toda a citação  de “Reciprocidade” nesse texto, crédito à Carla Falsete Risola, do portal Medicina com Amor )



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Djalma, DJ, Djas, Djalminha, Jajá - pode me chamar do que você quiser. Ortodontista que usa All Star, posso viver sem muitas coisas - mas por favor, não me peça pra viver sem música. Hoje em dia mais praia que montanha, mais Pearl Jam que U2, mais Dave Grohl que Kurt Cobain, mais chuva que sol, mais corrida que caminhada, mais sorvete que brigadeiro, mais natação que spinning, mais Instagram que Twitter e muito, mas muito mais cabernet que internet.

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