Alguns o amam pelo que você é, outros o odeiam pelo mesmo motivo

Por Raquel Brito

Muitas pessoas o amam pelo que você é e pelo que você faz, e outras o odeiam pelos mesmos motivos. Precisamos nos acostumar a isto, pois muitas vezes é o que caracteriza a dinâmica de nossas relações quando somos os que triunfamos em alguma coisa.

Não se pode agradar a todos, e nem todos irão nos agradar. Neste sentido, precisamos ser conscientes de que muitas vezes o que não é agradável para certas pessoas é a luz que desprendemos.

Dito de outra forma, aquilo que nos faz grandes também coloca as outras pessoas na sombra, as quais provavelmente estarão lidando no seu interior com algum desejo oculto que acreditam que lhes tenha sido negado.

Os que nos amam nos fazem brilhar

Os verdadeiros anjos da guarda são aquelas pessoas que aparecem em certos momentos das nossas vidas e nos dão luz, fazendo-nos brilhar e eliminar os recôncavos que nos escurecem ou que não fazem jus a nossas virtudes.

Neste ponto não valem as palavras, valem os fatos. Nos rodeiam de magia e regam a nossa realidade de maravilhas, fazendo-nos ver o quanto valemos quando parece que nos esquecemos de onde está o interruptor que nos iluminava.

Todos, absolutamente todos, temos uma luz, algo que comove e que nos torna especiais, alguma coisa que nos outorga a capacidade de oferecer ao mundo uma especialidade. Haverá quem seja muito bom no seu trabalho, quem seja capaz de amar de forma desmedida e quem tenha mais de uma habilidade que os torne únicos.

No entanto, como costumamos dizer, haverá quem queira apagar essa luz, esse “algo especial” que nos define. Às vezes pode ser difícil lidar com isso, mas precisamos pensar que somente nós mesmos podemos validar as intenções dos outros sobre a nossa própria pessoa.

O demônio da inveja

A inveja não é 100% insana, pois enquanto não implique atitudes perniciosas para com os outros (ou para conosco), estará nos conduzindo a aquilo que gostaríamos de ter. Isto é, ela nos dá pistas sobre o caminho que gostaríamos de seguir.

Contudo, a inveja se transforma em daninha quando sucumbimos ao seu feitiço, esgotando nossa autoestima e nosso amor próprio. Isto nos predispõe a uma comparação desvantajosa e, às vezes, transformamos essa cobiça em um ataque escuro e tenebroso que procura encarcerar nosso objeto de admiração encoberto.

Ou seja, às vezes essa mesma inveja se mistura com outros sentimentos como o ódio, devolvendo à pessoa que a emite uma imagem das suas frustrações com uma lupa. Através dessa imagem se condenam o talento e os êxitos alheios, gerando assim comportamentos que procuram prejudicar o outro.

Costumamos dar mais atenção ao motivo da inveja do invejoso do que em avaliar o que isso implica para o invejado. Não devemos esquecer que o fato de sermos invejados (e que “nos odeiem pelo que nos faz brilhar”) é um grande padecimento que nos afasta da realidade e nos traz desconfiança.

Não por acaso, as pessoas que se destacam se sentem sozinhas em um mundo onde estão rodeadas de gente. Não é raro, portanto, que não saibam discernir entre amigos de verdade, interessados ou invejosos.

Mesmo assim, isso acaba inclusive fazendo-nos questionar se o nosso sucesso ou a nossa luz nos pertence ou é um reflexo que não merecemos. Isto normalmente se transforma em uma longa cadeia de inseguranças e pesares que podem acabar por obscurecer nossas virtudes.

O dano que supostamente é invejado pode ser superado se reforçarmos nossas crenças positivas em nós mesmos. Neste sentido não devemos esquecer que certas circunstâncias ou acontecimentos sempre suscitam certas comparações, mas isso não deve nos diminuir.

Cada um precisa saborear suas virtudes sem destruir as dos outros, deixando de lado a inveja insana e promovendo o que nos constrói, que nada mais é do que a nossa capacidade de admirar e de crescer junto aos outros.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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