Pela metade

A história ficou pela metade e eu te convido a continuar. Vamos pegar no exato ponto onde a gente parou.

Por bem, por mal ou por qualquer outra coisa banal, não perca a chance. Resolva agora e eu me rendo. Olhe-me com ternura. Comova-me. Aceite. Insista e faça cenas, de amor, por gentileza! Entenda-me. Venha. Abrace-me. Não queira saber de mais nada. Deixe de besteiras. Largue as dúvidas. Não questione, apenas confesse. Não espere o outro dia. Coloque uma faixa romântica. Retire o pudor. Diga que veio pra ficar. Abuse no abraço. Exagere na ternura. Babe na insensatez. Descole a bula. Arranque minhas dúvidas. Faça todas as pencas de peripécias emocionais. Não espere o amanhã, pois ele tarda chegar.

Venha sem avisar, mas que não seja à noitinha. Não espere o calor do verão. Não aguarde o inverno friorento para aquecer minhas carências.

Isso pode parecer uma desafinada insistência de um coração amarrotado. É mesmo. Confirmo, não nego e exijo o título. Não aposte, pois minha genética acusa uma síndrome de romantismo sem chance de cura. Consigo ser ainda pior do que uma garota romântica, nunca condição desconfortável e destoante do lapso moderno da incredulidade no amor.

Nem nego que sei de cor as canções do Kid Abelha, por isso acredito que meus poemas podem funcionar nas histórias que foram apenas relâmpagos de felicidade. Então, vem e aceita esse lance que não tem nada de casual. Vamos continuar o soneto de amor que ficou na mesinha de cabeceira. Considere nutrir minhas vontades. Continue. Insista. Dê cor a minha paisagem. Desfaça suas malas e habite aqui.



LIVRO NOVO



Maranhense, pedagoga e insistente para que suas palavras tomem o rumo da vida e façam arruaças afora como sinal de esperança, alegria e amor.

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