De mãos dadas comigo e contigo

As pessoas mais especiais pra mim, que gosto de ter por perto são as que quando se aproximaram de mim fizeram com que eu também me aproximasse mais de quem eu realmente era.

São as que não passaram a mão na minha cabeça, me mimando e dizendo só o que meu ego queria ouvir, porque ego inflado não traz benefício algum, só a sinceridade branca e verdadeira ajuda a crescer.

Foram as que não só me estenderam a mão, mas as que me ajudaram a entender que a primeira mão que eu teria que segurar era a minha. Foram as que não quiseram me moldar, mas sim me apoiar, me alertar.

Costumo dizer que somos feitos de luz, mas também somos feitos do que e de quem nos cerca. Somos feitos também das gentes que escolhemos pra ter por perto, que atraímos pra nossa vida num devido momento.

Aprendi a sentir com mais leveza, a amar com delicadeza, mas também a escolher mais a dedo de quem me aproximo ou me afasto. Levo na bagagem só o que pra mim vale a pena, deixo pelo caminho o que não quer mais valer. Passei um longo tempo hesitando em fazer faxinas cá dentro do meu peito e isso acumulou poeira desnecessária, por isso hoje em dia ouço mais o que meu coração diz, se faz bem fica, se não, vai embora. E isso não é frieza, é amor próprio.

Não trato a todos que me cercam iguais, porque as pessoas são únicas e cada uma desperta em mim um jardim diferente, alguns cheios de flores, outros nem tanto.

A vida é um constante despertar e quando somos bons com a gente mesmo, nos respeitamos, temos confiança em quem somos, conseguimos entender o que é respeitar o outro e gostar de verdade. Talvez esse seja um segredo que alguns já descobriram e outros ainda estão a caminho de descobrir.

Quem eu amo sabe, quem eu amo me sente. Porque sentires a gente não explica em versos, a gente pinta em gestos.



LIVRO NOVO



Meire Oliveira é Escritora, Poeta e Coach de transformação. Amante das estrelas e das estradas. Autora dos livros Pintando Borboletas e Vai Com Fé que Flui. Conjuga o verbo escrever com vários outros juntos: ama, sente, vê. Por isso nasce e renasce em palavras que palpitam nela.

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