O amor é meu e dou a quem quiser amar

Amor é amor e pronto. E isso não tem a ver com classe social, cor ou sexo. Ter alguém para dividir a vida é tão bom quanto vivê-la, ainda que a segunda seja totalmente de nossa responsabilidade. A homofobia é uma das piores doenças da humanidade, pois bane o amor, esse sentimento que não podemos deixar para lá em ocasião alguma.

Quando as pessoas pararem de se preocupar com quem o João coloca na cama ou quem a Maria leva para jantar, aposto com vocês que o mundo será um lugar mais florido para viver. Amor é amor em qualquer momento, desde que seja inteiro. E se é inteiro pode ser direcionado a qualquer um, problema meu, entendeu?

Pessoas são apaixonáveis, todas elas, sempre. Seja pelo motivo que for, afinal de contas, a paixão dispensa qualquer pré-requisito. Quando você bate o olho na pessoa certa, meu amigo, não tem empecilho no mundo que desfaça o encanto, exceto, claro, se essa pessoa não tiver condições de assumir uma relação em uma sociedade preconceituosa.

Ok, tudo bem. É direito dela, muito embora eu pense que grandes amores são deixados para trás justamente por medo do que os outros vão pensar, e compreendo que seja assim vez ou outra. Temos direito de viver ou não nossos amores, mas essa escolha deve ser apenas nossa.

Quem não gosta de se apaixonar? E mais ainda, quem não gosta de viver uma paixão correspondida? Seja ela devastadora feito os temporais ou serena como as manhãs de domingo. Toda paixão é válida e é somente isso que importa.

Ah, e se me ofenderem na rua? – Muitos perguntarão. Ora, deixa que digam, que pensem, que falem. Se você estiver feliz, os olhares te atravessarão? Não! Deixa que passem atravessados (e sozinhos), pois essa energia não é sua, é de quem a emana. Você só pega se quiser. Além do mais, pensa comigo, que tristeza deve ser a vida dessa pessoa que se sente mal com a felicidade do outro.

Se você foi arrematado por um olhar que mexeu fundo, – tente prestar mais atenção aos detalhes, devolva esse olhar, seja quem for o cara, a cara, tanto faz. Entregue-se aos seus sentimentos, às emoções que invadem teu peito, atente a todas as emoções que invadem teu peito.

Eu sei que na prática é mais difícil, mas é simplesmente deixar fluir, aceitar o que vir, agradecer, dizer sim para você, para o outro e para o que pode nascer desse encontro. Desses encontros! Isso serve para todo mundo, para a mulher mais experiente e o garoto; para as duas; para os dois; para negros com brancos, brancos com amarelos, roxos, verdes e mais todas as cores do mundo.

Gente, o amor é isso. Cor, cor, muita cor. Se você quiser amar no cinza, o igual, o de sempre ou o que a sociedade diz que é normal, fique à vontade. Mas, por favor, não me obrigue a fazer o mesmo.

Eu amo em dó maior, no grau máximo da Escala Richter, na ponta do Everest, no meio do arco-íris. O amor não tem tom certo, é pagode, é sertanejo, é funk, é música clássica. O amor é o que eu quero que ele seja. E pronto. O amor é meu, amo quem bem entender.

O amor é uma escola de samba no auge do desfile na Sapucaí. E aí, veja bem, meu bem, pouca importa a cor da fantasia, eu quero só saber de atravessar a avenida com orgulho e alegria do amor que escolhi para viver.

E vivê-lo enquanto estiver em paz.



LIVRO NOVO



Não nasci poeta, nasci amor e, por ser assim, virei poeta. Gosto quando alguém se apropria do meu texto como se fosse seu. É como se um pedaço que é meu por direito coubesse perfeitamente no outro. Divido e compartilho sem economia. Eu só quero saber o que realmente importa: toquei alguém? É isso que eu vim fazer no mundo.

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