“Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis…”

Por Alessandra Piassarollo

Muitas pessoas têm se desiludido com a vida porque têm enfrentado dificuldades que parecem estar acima de suas forças. E é realmente difícil manter a fé de pé enquanto o coração padece. Para todos estes, o Papa Francisco traz um recado que pode mudar a forma de ver os fatos: “Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos”.

Talvez a fé precise ser ressignificada. Precisamos entender que ela é, antes de tudo, uma luz que nos guia e nos faz persistir quando todo o mais parece ter dado errado. É um refúgio, que não representa fuga, mas sim o encontro de um abrigo que ofereça um pouco de segurança para nosso coração em apuros.

Sob esse ponto de vista é possível que a fé possa ser restaurada, reaprendida, recapitulada. E traga mais esperança, ao invés de desconsolo.
A fé é o que nos agiganta, nos encoraja, nos levanta. É a fé quem nos impulsiona para que nos tornemos do tamanho dos nossos sonhos. É ela também quem nos faz permanecer firmes diante das tempestades que caem sobre nós.

Muita gente tem se envergonhado de dizer que tem fé porque os problemas parecem estar falando mais alto, porque não consegue evitar ou se livrar de situações difíceis. E isso acontece justamente no pior momento, porque a falta de fé pode conduzir à desesperança. E nada se faz sem esperança, não é mesmo?

Trata-se de ter fé no que é divino sim, se assim for sua escolha. Se a fé no Superior te move, cultive-a. Saboreie essa conexão, porque ela tem potencial para te fazer sentir uma pessoa melhor, mais capaz e até mesmo, agraciada. Muitas pessoas fazem da fé sua maior fonte de força e se sentem mais felizes com isso.

Mas esta crença no divino está intimamente ligada à necessidade de se ter fé na vida em si; no ato de acreditar que tudo passa, até mesmo os momentos mais difíceis e que ao final, tudo dará certo. Crer que a tempestade dará lugar à bonança, mesmo que hoje isso ainda pareça distante de acontecer. É importante manter a fé nas pessoas, acreditar que nem todas são más ou nos querem o mal e que a felicidade voltará a sorrir para nós, mais ou menos dias.

É imprescindível manter a fé apesar dos obstáculos, independente do quão difícil eles sejam difíceis de vencer. Que a música de Gonzaguinha, aqui transcrita, contribua para que a fé reencontre espaço em seu coração:

“Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs. Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será.”

Mantenha sua fé acesa e acredite que dias melhores virão. Obstáculos existem para serem superados, lembre-se sempre disso.



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2 COMENTÁRIOS

  1. Religiões que prometem cura, carro do ano e casa em bairro nobre, estão desconectadas da Fé que deveriam saber de cor para ensinar, mas ensinam ao contrário do que Deus ensinaria, que pena. Milagres da cura de doenças não estão disponíveis tão facilmente assim não, galera, seria bom que fosse para quem tem preguiça, porque importante é curar almas eternas e não corpos perecíveis. Aquisições materiais de carro, emprego e casa própria não acontecem por um passe de mágica ou imposição de mãos, quem dera fosse assim, mas não é. Nem mesmo Jesus curou todos os leprosos, cegos e paralíticos, apenas alguns, isto é, aqueles que Ele sabia que já haviam sofrido o suficiente e resgatados os seus débitos, por isso os isentou do compromisso cármico. Nem mesmo Ele realizou tantos “milagres” que Igrejas realizam em Seu Nome, porque aparentes desgraças são capazes de fortalecer espíritos muito mais do que a felicidade. Aparentes fracassos nos tonificam o espírito imortal ainda que entristeçam o corpo provisório. Bens materiais não significam paz de espírito porque nem um casebre, às vezes, existe mais amor verdadeiro do que em mansões suntuosas com dez carros na garagem. Religiosos deveriam saber disso mas se sabem e não ensinam é porque pessoas carentes e ignorantes, coitadas, preferem ser enganadas para não ter que encarar a verdade de cada um, que é a verdade de todos, ou seja, o resgate de seus erros e “pecados”. Disse Jesus: “Tome cada qual a sua cruz e siga-me”, o que significa, suporte sua provação, sua pobreza e desvalia, mas se esforce para melhorar sem depender de milagres gratuitos porque “a cada um segundo suas obras”, só quem merece recebe e só recebe quem Ele designa para receber, no tempo que Ele escolhe para acontecer, não antes. Muito cômodo chegar em um templo e sair de lá andando, enxergando, rico e sem problemas materiais de espécie alguma, feliz da vida, sem nada ter feito para merecer o término da prova, porque ninguém colhe o que não plantou, ninguém se iluda acreditando poder comprar o Céu porque vai dançar. Pena que a multidão dos incautos escolha não conhecer a Verdade para não se libertar e ter que fazer o esforço que não querem, de carregar sua cruz, mais ou menos pesada, conforme seus equívocos e erros, que somente a reparação deles os poderá isentar da imprescindível corrigenda e os libertar de todos os martírios. É por isso, que, divinamente inspirado, o Papa Francisco enfatizou a importância do esforço próprio, porque o fato de ter fé e clamar a Deus não vai nos isentar do pagamento da dívida, porque Ele é justiça. Mas vai nos fortalecer enquanto caminhamos sobre os espinhos, porque Ele é Misericórdia. Ninguém paga sem dever, assim como não podemos pagar dívidas alheias, porque nem mesmo Cristo carregou a nossa cruz, por nós. Mas deu o magnífico exemplo de resistência pela fé, subindo o Calvário de dores, como devemos subir o nosso, sem esperar por milagres imerecidos de graças indevidas porque nem mesmo Deus livrou seu Amado Filho do testemunho imprescindível, que deveria legar para o mundo, assim como precisamos testemunhar, vergados ao peso de nossas respectivas mazelas e dores, sem perder de vista o Seu inolvidável exemplo. Quem espera pelo paraíso na Terra, ainda não entendeu a frase “meu reino não é deste mundo” e “no mundo passareis por aflições, mas tende bom ânimo” ou ainda “bem aventurados os que choram” . Jamais nos isentou da responsabilidade de nossos próprios atos e das dores advindas dos erros cometidos porque nem mesmo seus mais diletos apóstolos ficaram isentos do martírio, nem mesmo os cristãos que o seguiram foram dispensados dos sofrimento de serem imolados em Seu Nome e trucidados pelas feras. Jesus que os poderia livrar dos holocaustos, disse apenas: “tende bom ânimo”, o que significa: sofrei sem buscar nos templos de pedra o que já deveríeis ter encontrado no próprio coração, isto é, a Fé verdadeira.

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