Pamela Camocardi

Desintoxicar a alma: um bem necessário

Quantas vezes você ouviu que não era bom o suficiente para aquele trabalho? Quantas vezes sua autoestima foi abalada pela opinião alheia? Quantas vezes criticaram seu jeito de ser? Muitas, não é? Então, vamos conversar um pouquinho sobre pessoas e relacionamentos tóxicos.

Em todas as relações sociais estabelecidas ao longo da vida, existem pessoas maravilhosas que nos permitem crescer intelectualmente e espiritualmente, em contrapartida, existem pessoas maldosas e cruéis que alimentam os próprios egos humilhando, maldizendo e constrangendo os outros.

Não se iluda, embora as ofensas nem sempre sejam explícitas, as conseqüências são avassaladoras. Pessoas tóxicas são cruéis e sabem como destruir a autoestima do companheiro com maestria. Disfarçados de amigos, namorados ou colegas de trabalho promovem maldades inacreditáveis e não descansam até atingirem seu objetivo.

O comportamento das pessoas tóxicas é quase padrão: ficam mal ao verem o outro bem, deprimem-se ao presenciarem o reconhecimento profissional do colega e tentam, a todo o custo, destruírem o psicológico do parceiro.

Egoístas por natureza, as pessoas tóxicas encaram o sucesso alheio como uma afronta e o crescimento profissional como um soco na boca do estômago. Manipuladoras, arrogantes, controladoras e negativas tentam contaminar todos com o mesmo veneno que carregam na alma: a maldade.

O grande psicanalista Flávio Gikovate afirmava que “na grande maioria dos casos de maldade, o ato é motivado pelo desejo da pessoa de obter algum benefício que não lhe é devido. Assim, uma pessoa egoísta fará o que for necessário para alcançar seus objetivos materiais, intelectuais ou sentimentais sem se preocupar com os danos que porventura venha a causar nos interlocutores. Estará agindo em defesa dos seus interesses, desprovida de sentimento de culpa e de uma forma nada empática. Não irá se incomodar com a dor provocada”.

Por isso, ao perceber que está sendo vítima de “intoxicação” da maldade alheia caia fora. Livre-se desse relacionamento imediatamente. Não aceite o mau humor que te empurraram, a inquietação na alma que te impuseram e o peso nas costas de coisas negativas que te jogaram. Em outras palavras: faça uma faxina interna.

Não tenha medo de dizer “não”, de encerrar aquela amizade pesada e de terminar o namoro sufocante. Elimine da vida aquilo que não faz bem, que pesa, que é meio termo e que não acrescenta nada, indiferente se está em forma de pessoas ou sentimentos.

Queira o bem, faça o bem, viva o bem, lembre-se que, o poder de lhe fazer mal, só é dado aos outros se você permitir.

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Foto de Riccardo Bresciani da Pexels

Pamela Camocardi

A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.

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