Quem faz de tudo para que o relacionamento funcione, pode caminhar sem remorsos

Imagem de capa: Jurij Krupiak, Shutterstock

Para que um relacionamento funcione ambos membros do casal devem fazer sua parte. Se somente um carregar todo o peso do compromisso, acabará se cansando.

Quem faz de tudo para que o relacionamento funcione e somente encontra infelicidade, repreensão e tardes de lágrimas, pode caminhar sem remorsos.

Pode ir com a dignidade a salvo e o orgulho elevado: o tempo se encarregará de curar este triste coração.

Quando iniciamos um vínculo afetivo com uma pessoa quase sempre temos a plena segurança de que essa irá ser a relação definitiva.

Mais do que uma segurança, podemos dizer que é uma esperança. E isso é assim porque nosso cérebro não gosta de incertezas.

De fato, viver com a ideia de que algo pende de um fio supõe, antes de tudo, investir energia, tempo e emoções em algo que, no mínimo, pode acabar em um segundo.

Necessitamos pensar que quando começamos um compromisso com alguém, os dois irão investir igualmente os esforços, e que valerá a pena.

Em matéria de amor o que mais ansiamos é nos sentir seguros e perceber que este vínculo irá durar.

Irá nos permitir crescer como pessoas e construir um futuro em comum, para ser dois em um mesmo projeto.

Agora, isso, e por mais triste que pareça, nem sempre se cumpre. Os casais, assim como os ossos, se rompem.

É então quando o amor, às vezes ainda estando presente, se converte em uma arma afiada capaz de ferir, capaz de destruir nossa autoestima, nossa integridade.

Falemos sobre este tema. Aprofundemos nestes finais tão complexos onde acabar um relacionamento bem supõe curar antes o próprio coração para avançar de novo com a vida.

As chaves de um relacionamento sólido

O que faz um relacionamento durar? O que faz com que um casal acabe se distanciando? Por mais curioso que pareça, e assim como indicamos antes, o amor nunca é suficiente.

Existem muitos “poucos” que fazem muito e vários ingredientes capazes de fazer com que esse amor seja doce ou amargo, mesmo o carinho estando presente.

No início dos anos 80 foi anunciado um modelo que ainda segue presente no campo da psicologia relacional. Falamos do “modelo de inversão”.

De acordo com este foco, uma relação durará se convergirem estes 3 pontos:

– Um casal construirá um compromisso estável sempre e quando sejam cumpridas cada uma das dimensões básicas que formam uma relação: a intimidade, a compreensão, uma boa comunicação, o respeito, a diversão, a segurança, a sexualidade…

– Os membros do casal se sentem realizados nesta relação. Ninguém se sente frustrado ou limitado pelo tratamento do outro. Ou seja, existe respeito e também um “enriquecimento emocional” mútuo.

– É necessário perceber que não existe nenhum jogo de forças, que existe um equilíbrio igualitário onde ambos investem tempo, emoções e recursos com eficiência.

Se o vínculo estiver se rompendo…. Lute!

Sabemos que são muitos os livros de autoajuda e de crescimento pessoal que nos propõe aquilo de que quando algo falha, quando algo não encaixa no relacionamento, o melhor é “deixar ir sem anestesia”.

Não precisa chegar a estes extremos. E ainda mais, todos sabem bem que quando se ama, não é fácil se desprender desse alguém tão significativo, ainda mais quando somos conscientes de que as coisas não vão como deveriam.

Quando um casal está se distanciando pode ser devido a múltiplos fatores. Não estamos falando de fatos pontuais como uma traição, uma ofensa, um maltrato ou um desprezo.

Falamos, simplesmente, daquela relação que esfria sem que saibamos muito bem o porquê.

– Toda relação, todo vínculo onde o amor ainda segue presente merece ser cuidada como um tesouro apreciado.

– Quem luta por mantê-la flutuando, quem faz o impossível por criar pontes, por reviver o fogo apagado ou por fazer alguma ou outra renúncia para que a relação se fortaleça, se sentirá muito melhor caso tudo isso fracasse.

– Pode parecer contraditório, mas não existe pior lamento do que deixar ir um amor pensando que poderíamos ter feito algo por aquela relação.

Tomar plena consciência de que chegamos ao limite e de que cada tijolo colocado foi derrubado uma e outra vez, nos permitirá enfrentar a dor com mais sensatez, com mais resignação.

Aqueles limites que nunca devemos ultrapassar

Cuidado: no amor existem limites. Em toda batalha pessoal para conservar o relacionamento nem tudo vale e nem todos os recursos são válidos para manter o compromisso de pé.

– Nesse investimento pessoal para salvar a relação não vale que seja somente um quem ofereça tudo até perder a dignidade, a autoestima e a própria identidade pessoal.

– Por outro lado, nenhuma luta terá sentido quando ficar claro que o amor terminou por algum dos lados do relacionamento.

– Também devemos pensar muito se vale a pena dar uma nova chance para alguém que tenha falhado conosco muitas vezes.

Uma relação merecerá qualquer esforço sempre e quando tenhamos claro que a pessoa vale a pena, que existe respeito, que existe carinho.

Devemos estar conscientes de que existe aquele amor pelo qual nos arriscaremos, para não lamentar amanhã o que não tivemos coragem de fazer hoje.

Fonte indicada: Melhor com Saúde



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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