Personalidades nocivas: 5 tipos de “traficantes” de culpa

Imagem de capa: pathdoc, Shutterstock

Temos que aprender a identificar quando algo é realmente culpa nossa e quando nos querem atribuir um problema que nada tem a ver conosco.

Os traficantes da culpa habitam o nosso entorno. Estão muito próximos e, frequentemente caímos em seus jogos de poder em determinados momentos de nossa vida.

São pessoas habituadas a projetar nos demais um profundo e hábil sentimento de culpa com o qual domina, e por sua vez, nos faz cair em uma dinâmica contínua de emoções negativas onde se acredita que “fazemos tudo mal e que não servimos para nada”.

Estamos, sem dúvida, diante de um tipo de manipulação tão afiada quanto destrutiva.

Este tipo de relação acontece em todos os níveis. Na família, entre os casais, e em muitos ambientes de trabalho.

A tal ponto que podíamos dizer, quase sem receios, que todos nós conhecemos mais de uma pessoa que faça uso de tal mecanismo, este tráfico de culpa que pode deixar tantas sequelas.

Estamos certos de que gostará de saber identificar os tipos de pessoas que utilizam este comportamento. A seguir, lhe falaremos sobre eles.

O perigoso jogo da culpa e seus protagonistas

Um dos “jogos” de poder mais letais que podemos realizar é, sem dúvida, a projeção da culpa.

Há muitas maneiras de desenvolver estas artimanhas. Logo, a forma em que nos responsabilizam de umas coisas e não de outras depende sempre do tipo de manipulador, do mercador da culpa.

Não é o mesmo jogo de poder que dá fim a um relacionamento, por exemplo, do que se aplica a um familiar.

Veja agora quantos tipos de “traficantes de culpa” podemos encontrar.

1.Os caridosos e os carinhosos

Este tipo de fala é um claro exemplo de abuso emocional.

– São frases que, através do carinho e do afeto, nos rebaixam e, por sua vez, nos culpam da infelicidade ou mal-estar de quem nos rodeia.
– Este tipo de comportamento é muito comum a nível familiar.
– Um exemplo: “Se você disser sim a este trabalho e for embora de casa, será infeliz e nos fará infelizes. Não é justo, meu amor”.

A culpa que lhe projetam acompanha o afeto de alguém importante para você. Além disso, ao ter um vínculo tão próximo com este tipo de pessoa, o impacto é maior e mais profundo.

2. Os que lhe responsabilizam por tudo

Se cair um prato é porque somos estúpidos irremediáveis. Se queimamos a própria comida é porque nos distraímos.

Se furar o pneu do carro é porque nunca nos lembramos de passar na oficina para fazer uma revisão.

– Há pessoas com este tipo de propensão: a de responsabilizar os outros de todo o mal que acontece, e que lhes aconteça.

Esta é uma forma lenta e progressiva de destruição que você deve sentir e frear o quanto antes.

3. Os que validam a própria autoestima

Este exemplo é uma mostra direta de uma relação tóxica e de um modo de dominação muito clara.

– Quem exerce este poder projeta sobre nós uma culpa infundada, para validar a si próprio como pessoa.
– Consegue diminuir nossas ações, nossos pensamentos, nossa personalidade. Se não nos posicionamos, a ofensiva é incessante.

Fará com que acreditemos que não somos nada e eles são tudo.

4. Os que não entendem o que é se responsabilizar pelos próprios erros

Temos certeza de que você conhece também mais de uma pessoa deste tipo.

Cometem erros, são imprudentes, causam grandes problemas com sua atitude, com este comportamento… ainda assim, são incapazes de assumir responsabilidades por seus atos.

Mais ainda, ao invés de assumir a culpa, são especialistas em projetá-la sobre os demais.

5. Os que fazem para o nosso bem, “para nos ensinar”

Conseguir que outros assumam culpas alheias é, para muitos, um modo para que os demais aprendam a se responsabilizar, a amadurecer.

Pense, por exemplo, em uma empresa.

– Imaginemos um chefe que nos responsabiliza dos erros dos outros e “exija” uma solução.
– Para se justificar, nos lembra que em uma empresa todos devem se responsabilizar por qualquer problema, porque é assim que funcionam as coisas.
– Agora, pense também nos pais que obrigam o irmão mais velho assumir a responsabilidade dos erros dos irmãos menores.

“Recai” sobre ele a culpa só por ser o mais velho, ou por ser menino, ou ainda por ser menina.

Não é o adequado. Em toda família ou ambiente de trabalho cada pessoa deve ser consciente de suas próprias ações e responsabilidades.

Culpar uma pessoa de todos os erros ou descuidos é um modo de estressá-la, em especial, de diminuir definitivamente sua autoestima.

Fonte indicada: Melhor com Saúde



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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