Ninguém vale a pena se você tem que insistir

Estamos perdidos em imensidão. É tão grande o mundo e há tanto para se conhecer. Diante de tantas possibilidades, do quão infinitas são as nossas opções, é um desperdício – e uma afronta às oportunidades da vida – gastar tanta energia para tentar ficar ao lado de alguém que já mostrou que não te quer.

Por mais que a gente queira se enganar, hora ou outra a verdade vem feito furacão. Faz bagunça no peito, leva muito embora; mas fugir que não foi nada não é a solução. Em algum momento vai ter que olhar em volta, ver o tamanho do estrago e começar a colocar tudo no lugar.

Amor não correspondido é via de mão única. As tentativas só vêm de um lado e o outro é sempre o primeiro a querer descer do carro. E do que adianta trancar as portas e fazer a outra pessoa ficar lá dentro, uma vez que ela já tomou sua decisão? Você pode tentar ligar o rádio, colocar aquela música que a pessoa gosta, contar uma história para prender a atenção, mas é passageiro. É só um alívio momentâneo olhar para o lado e ver que a pessoa continua ali. Porém, os dois sabem que a viagem tem que terminar, vão acabar chegando no final do caminho e não há distração o suficiente para manter alguém que já fez as malas.

Deixe ir. Tem tanta gente na guia querendo uma carona.

Não importa o quanto você acha que alguém é incrível, porque no final do dia, o mais incrível vai ser fechar os olhos e se sentir em paz. É revigorante se livrar da sensação de batalha diária. Ninguém vale a pena se tira o seu sossego. É difícil aceitar que não conseguiu fazer morada no peito de alguém, mas não é à força que vai entrar lá. Se não foi, não foi. Olhe pra frente, siga o próprio caminho antes que esteja preso em tentativas falhas de cativar alguém.

Por mais que você queira muito que dê certo, não é o bastante. O outro também tem que querer. Pois o amor é essa constante renovação, todo dia se reinventa e está pronto para aguentar o que vier. Mas isso? Isso não é amor, é tortura. E essa insistência em fazer acontecer é pulo do abismo. Não compensa o esforço, deixe ir.



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"Paulista. Pisciana. 21 anos de excesso de sentimentos. Nada como um gole de café e uma dose de drama pra passar o dia. Meu bem, eu exagero até nas vírgulas."

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