A gente faz papel de bobo quando ama. Sofre, chora, grita, passa raiva, acha que o mundo vai acabar (mas não acaba). A gente fica repetindo mentalmente: “o mundo é grande, tem oito bilhões de pessoas espalhadas por aí, não vou ficar sofrendo”. Que mancada… é claro que continuamos sofrendo. Do que adianta oito bilhões de pessoas se o seu coração já escolheu uma? E digo mais… Dessas oito bilhões, pelo menos metade também fazem papel de bobo no amor e tem medo de amar.

Amor é assim mesmo: um dia bom, outro ruim; um dia de briga, outro também (mas depois vem a paz); amor é bicho do mato, bicho selvagem, não nasce criado, amansado, não é bichinho de estimação.

Quem quer amar vai sofrer sim, é inevitável. A pessoa que você ama vai te magoar, vai ter ideias e ideais diferentes dos seus, vai querer silêncio, vai sentir raiva de você, vai querer sumir, mas se é amor… Tudo se encaixa e resolve. É sério, não é papinho de cinema não. Quando é amor mesmo, as diferenças passam a ser tão pequenas que se tornam irrelevantes e apesar de às vezes incomodarem, o incômodo passa rápido.

Quem ama é bobo, mas mais bobo ainda é quem não corre o risco de amar.

O amor dói, tem hora que corta igual faca, soca o estômago, te faz achar que é o fim do mundo quase todo dia. Mas o amor também sabe ser borboleta no estômago, coração disparado, sorriso sem motivo, mensagem no meio do dia, “boa noite” sussurrado.

Como todas as coisas da vida o amor carrega o bônus e o ônus de ser o que é.

O mundo é mesmo grande, tem mesmo oito bilhões de pessoas espalhadas por ele, realmente se alguém não te amar de volta o mundo não vai acabar… Mas o amor não deixa a gente ver isso e é aí que começamos a fazer papel de bobos, mas não se preocupem… Todo mundo já fez, faz ou fará esse papel, afinal de contas… É mesmo possível passar por esse mundo sem amar alguém?
Eu prefiro todas as dores e efeitos colaterais que o amor traz do que a dor da alma vazia, olhos sem brilho, coração de pedra.

Amor quando é amor simplesmente é… Das mais diversas e variadas formas que ele é capaz de se mostrar.

Isabella Gonçalves

Formada em Direito, apaixonada por livros, pessoas e céu cinzento. Escrevo porque gosto e quando quero. Inconstante, dramática, sonhadora. Vejo 100 onde há um. Vejo um onde há 100 vazios. Confiável, confiante, e que siga a vida! Adiante...sempre.

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Isabella Gonçalves
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