Você não precisa ser um copo meio vazio.

Essa máxima do “copo meio cheio ou meio vazio” faz parte do meu cotidiano e me fez perceber que há pessoas que são “copo meio cheio” e há pessoas que são “copo meio vazio”. E o pior: por pura e mera opção.

Quando penso nesse ditado popular sempre lembro que, na verdade, o copo está pela metade. Ou seja, loooonge de estar vazio. Mas há aquelas pessoas que insistem em vê-lo mais para o vazio que para o cheio.

O copo, meus caros, é a vida. E, para provar que estamos vivos, ela muda o tempo todo. O fato de o copo estar pela metade eu vejo como os desgastes naturais que temos ao longo do nosso cotidiano; as pancadas que levamos e os imprevistos que surgem. Uns olham para essas situações com raiva e negatividade. Eu olho para elas como oportunidades.

Nos ensinam a travar diante das dificuldades, nos estimulam a sentar e lamentar. Nos ensinam que isso é “sublimar”. Há tanta vida do lado de fora e querem nos fazer aceitar que o certo é viver do lado de dentro. Desintroverta-se e veja que ao redor há sempre novidade a se viver.

Cada entrave é uma oportunidade de crescimento. Porém, sempre tem um abençoado para abrir a boca e dizer que a vida não presta. Quando caímos, podemos ver com clareza o chão no qual pisamos e quais os buracos que nos levaram à queda. A queda é uma oportunidade que faz nossos esforços mais íntimos terem encarnação. Um copo pela metade ainda tem muito para oferecer. Ele não é um recipiente inútil. Por outro lado, para aquele sedento no deserto, o copo pela metade pode ser a salvação.

O que sentimos não controlamos; o que fazemos com o que sentimos, escolhemos. É uma escolha ver todo obstáculo como um motivo para desistir, como uma razão para não insistir. É uma escolha alimentar a amargura e matar a alegria. É uma escolha ser copo meio vazio, enquanto ainda há muito líquido a ser aproveitado.

Mas a maior de todas as escolhas é o que fazer da própria vida. São nossas escolhas, ou falta delas, que nos levam exatamente onde nos encontramos neste exato momento. Se seu copo parece meio vazio: encha-o. Busque dentro de si o conteúdo para encher seu copo interior e seja além do que esperam de você.

Imagem de capa: graphbottles, Shutterstock



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Rândyna da Cunha nasceu em Brasília, Distrito Federal, em 1983. Graduada em Letras e Direito, trabalha como empregada pública e professora. Tem contos publicados em diversas revistas literárias brasileiras, como Philos, Avessa e Subversa. Foi selecionada no IX Concurso Literário de Presidente Prudente. Participou da antologia Folclore Nacional: Contos Regionalistas da Editora Illuminare e das coletâneas literárias Vendetta e Tratado Oculto do Horror, da Andross Editora- http://lattes.cnpq.br/7664662820933367

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