O amor não é um batalha de poder, e sim um esforço a compreender

Imagem de capa: eggeegg, Shutterstock

O amor não é apenas gostar, é também compreender. Esta compreensão implica comunicação, e isto é o que falha na maioria dos casais que recorrem às consultas de psicologia. A comunicação no casal determina não apenas a qualidade do relacionamento amoroso, mas também uma parte importante da nossa qualidade de vida.

O mundo está cheio de casais que perderam o seu espaço de compreensão e se veem condenados a um círculo vicioso de censuras e negativismo. Isto faz com que prestem demasiada atenção ao que incomoda no outro e ao que gostariam de mudar no seu jeito de ser. Mais do que pretender solucionar os problemas que assolam o seu relacionamento, procuram que o seu parceiro se molde aos seus desejos.

Um dos maiores inimigos dos relacionamentos amorosos é dar por certo que se outra pessoa gosta de nós, deve saber o que queremos e precisamos sem que tenhamos que pedir. Lembre-se de que uma boa comunicação evitaria os inúmeros problemas que aparecem nos casais por falta de compreensão.

Nosso parceiro não pode nem tem por que se comportar do mesmo jeito que nós. Ofender-se por tudo que ele faz sem tentar entendê-lo ou procurar mudá-lo constantemente é um erro. Embora seja importante ter uma certa afinidade, não há por que pensar do mesmo jeito. Entender isso nos ajudará a sermos muito mais compreensivos uns com os outros, mais tolerantes e justos.

“Somente o desenvolvimento da compaixão e a compreensão dos outros pode nos dar a tranquilidade e a felicidade que todos buscamos.”
-Dalai Lama XIV-

Antes de compreender o seu parceiro, coloque os seus pensamentos em ordem

Nas discussões de casal, costumamos nos concentrar de tal forma nos detalhes negativos do nosso parceiro que esquecemos até da nossa presença. É difícil chegar a um entendimento com nosso companheiro quando nem sequer podemos compreender o que acontece com nós mesmos.

Tirar um momento diariamente para refletir sobre nossas ações pode ser importante para se conhecer em profundidade. Fazer uma avaliação objetiva de nosso comportamento pode melhorar a compreensão que temos de nós mesmos. Observar como somos de verdade nos permitirá ter uma perspectiva mais verdadeira de nossas fragilidades e forças.

Compreender o que ativa as nossas próprias reações pode nos ajudar a nos entendermos melhor. Começar a se conhecer e entender a si mesmo pode ser um interessante ponto de partida para compreender nosso próprio relacionamento amoroso com outra abordagem e se sentir mais integrado a ele.

Tudo que nos irrita no outro pode nos levar à compreensão de nós mesmos.”
-Carl G. Jung-

O verdadeiro amor nasce da compreensão

Os relacionamentos amorosos podem se transformar em uma ameaça, especialmente quando existem expectativas pouco tolerantes com relação ao comportamento, personalidade ou detalhes que o outro deveria ter. O normal é que à medida que o relacionamento vai amadurecendo, aprendamos a ser tolerantes com o outro e a aceitá-lo como ele é. Contudo, nem sempre é assim.

Quando nos relacionamentos prevalece o domínio, a possessão e os ciúmes, é porque o egoísmo ganhou protagonismo. Mas, ao contrário, quando nos casais prevalecem a tolerância e a compreensão, o amor será o sentimento ao redor do qual nascerão todos os outros. Um amor que, por outro lado, se alimenta da escuta, da liberdade e da vontade de compartilhar.

Quando nos esforçamos para ouvir e entender o outro estamos deixando de lado nosso individualismo para enfrentar como um casal os problemas que forem se apresentando. O verdadeiro amor pode se fortalecer quando aceitamos “a outra parte” como alguém que tem sua própria personalidade e identidade.

Quando somos capazes de entender como o nosso parceiro se sente, podemos nos basear nessa compreensão para guiar nossas interações com ele. Lembre-se de que o amor é uma união, não uma luta.

“A metade do mundo não pode compreender os prazeres da outra metade.”
-Jane Austen-

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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