Você sempre valerá pouco para quem não te merecer

Imagem de capa: Elnur, Shutterstock

O relacionamento não está como você gostaria, não há diálogos, reciprocidade, respeito e fidelidade. Ele não valoriza seus esforços e você não dá importância às conquistas profissionais dele.

Você fica horas para responder uma mensagem e, quando, responde faz por obrigação. Se essa é a definição do seu atual relacionamento, sugiro que reveja seus conceitos.

Essas atitudes são, infelizmente, a realidade de muitos casais. As pessoas insistem em viverem histórias que já chegaram ao fim apenas por medo da solidão e, isso, é tão patético quanto preocupante. Estar só em um relacionamento é mais cruel do que estar só de fato. Como dizia Caio Fernando Abreu: “a solidão é as vezes tão nítida como uma companhia”.

As pessoas têm medo da solidão. Essa é a grande verdade. Sabe, de tudo o que te ensinaram sobre o amor, o que mais você deve levar em consideração é a máxima “antes só do que mal acompanhado”. Solidão nunca foi ruim, nunca é eterna e nunca traz malefícios. Pelo contrário, é na solidão que descobrimos quem somos e o que queremos para a vida toda. É na solidão que desvinculamos nossa felicidade à outra pessoa e assumimos o rumo das nossas vidas.

De que adianta estar acompanhado fisicamente, se a alma está vazia? De que adianta o respeito se não é recíproco? De que adianta amar e não ser amado?

Quando um relacionamento está desgastado, nada do que os dois fizerem será valorizado. Você pode esforçar-se a máximo, mudar a aparência, virar fitness, aprender a gostar de música clássica mas, se o outro não te amar, ele não irá valorizar nada disso.

Aprenda uma coisa: você sempre valerá pouco para quem não te merecer. Então, pare de se importar com os valores vindos de fora. Antes de pedir fidelidade, você deve ser fiel a você mesmo (e isso inclui não trair os próprios sonhos, nem negligenciar a própria felicidade). Se você não gosta de rejeição, aprenda, primeiro a não se rejeitar.

Às vezes, demora mesmo para percebemos que aquela história não faz mais sentido. Demora para aceitarmos que estamos amando por dois, que estamos traindo nossos próprios princípios e que a nossa dedicação é em vão. Demora mesmo. Porque fechar os olhos para a realidade é mais cômodo do que abrir e ter que tomar uma atitude.

Demora porque, muitas vezes, projetamos no outro uma perfeição que ele não possui e, quando conseguimos enxergar a realidade tal qual ela é, ficamos frustrados e não libertos. Machado de Assis tinha uma visão bem realista do sentimento: “o amor não é mais que um instrumento de escolha; amar é eleger a criatura que há de ser a companheira na vida, não é afiançar a perpétua felicidade de duas pessoas, porque essa pode esvair-se ou corromper-se”.

Quando ouvir um “estou cansado”, “não te amo mais” ou “melhor darmos um tempo”, não queira explicações. Deixe ir. As pessoas nos dão sinais de que não valem nossos sentimentos, nós que, muitas vezes, recusamos entender.

Não alimente esperanças de mudança, não acredite no “foi uma única vez” e pare de acreditar em contos de fadas. Você não precisa de alguém que te pergunte como foi seu dia. Você precisa de alguém que faça dele melhor.



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