Permita-se chorar em velórios, nunca em um relacionamento

Imagem de capa: Iakunichkin Stanislav, Shutterstock

Uma das melhores sensações da vida é envolver-se emocionalmente com alguém. E, talvez por essa razão, as pessoas estejam sempre buscando alguém disposto a isso.

O problema é que as pessoas definem o sentimento como o supra-sumo da vida e esquecem que ele está mais para uma comédia romântica do que para um amor de literatura.

Essa história de “amor é mágico” só serve para produções cinematográficas. Na vida real, o amor acontece de forma natural e se fortalece na resolução de problemas diários. Medir amor pelo número de viagens feitas, pelas declarações nas redes sociais e pelas fotos no Instagram é o mesmo que acreditar que irá ganhar na Loteria todos os dias.

O escritor Dale Carnegie, famoso por seus livros sobre relacionamentos sociais, escreveu que “uma das trágicas coisas que eu percebo na natureza humana é que todos nós tendemos a adiar o viver. Estamos todos sonhando com um mágico jardim de rosas no horizonte, ao invés de desfrutar das rosas que estão florescendo do lado de fora de nossas janelas hoje”.

Quando as pessoas fogem de relacionamentos comuns, com pessoas comuns, por achar que o amor não é rotina, entram em uma busca desenfreada por paixões avassaladoras e curtas, sofrendo consequências graves com o desgaste emocional.

Em relacionamentos comuns as pessoas esquecem a data de aniversário, não notam o corte de cabelo e esquecem de pagar a conta de luz .Nos relacionamentos cinematográficos as datas importantes são comemoradas em um helicóptero, o café da manhã vira propaganda de margarina e as viagens são dignas de capa da Forbs.

Relacionamentos comuns, envolvem pessoas comuns dispostas a fazerem o amor dar certo. Ponto! Toda história envolve uma discussão por problemas banais, uma dose de ciúmes e um pedido de desculpas antes de dormir. O que torna a relação insuportável, é fazer das diferenças a terceira guerra mundial.

É preciso entender que para uma história ir além do primeiro encontro, o casal precisa respeitar as diferenças e aceitar o outro como ele é e não projetar expectativas no parceiro e “emburrar” todas as vezes em que ele te frustrar.

E daí que ele esqueceu a data em que vocês se conheceram? Isso não quer dizer que ele a ame menos. É apenas uma data! E daí que ela não mostrou a roupa nova que comprou? É apenas uma roupa. Se você se estressa com pequenos detalhes, o melhor a fazer é ficar solteiro.

Quando não há equilíbrio emocional na relação não há como seguir em frente. Se sua história está mais para um drama mexicano do que um amor real, está na hora de parar e reavaliar essa relação. Saramago chegou a comparar o sofrimento à loucura: “o sofrimento em silêncio, causa uma doença silenciosa: a Insanidade Mental”.

Nenhum relacionamento que causa mais dor do que sorrisos é bom. Relacionamentos foram feitos para nos tornarmos pessoas melhores e para sermos mais felizes. Se há mais sofrimento que alegrias, é hora de fechar essa porta e seguir em frente.

Não tema o novo ou a solidão. Ambos são necessários para que você reconstruir sua autoestima e ter uma nova história de amor. Esvazie e limpe seu coração e siga seu caminho. Às vezes, a vida só está esperando o seu primeiro passo para te surpreender.



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