Ensaio sobre ela

Imagem de capa: Versta, Shutterstock

Eu me pergunto, o que é que eu fiz para merecer alguém como ela? Ainda há dias em que acordo ao seu lado e questiono se aquele instante é fruto da minha imaginação ou se é consequência da nossa entrega. Apenas sei que quando ela abre qualquer sorriso de manhã, o tempo torna-se cúmplice desse amor tranquilo. Nunca acreditei em destino, mas encontrá-la não foi por acaso.

Ela não veio para construir o que já foi feito. Ela veio para ser o melhor de mim em quatro mãos. Para deitar no meu peito por vontade própria e carinho dado, e não por proteção ou imposição. Ela sente sono em qualquer filme e não vê problema algum nisso. Ela salta os olhos para o novo do mesmo jeito que para o gasto. Para ela, não há diferença quando se trata de demonstrar afeto pelo que gosta. Ela ainda fica emocionada com o breve, mas deixa nascer uma cachoeira quando você cita o futuro.

Ela é saudade sem até logo marcado. Quero-a por perto para poder vê-la indo para onde quiser. O mundo é grande demais para ela ficar enclausurada num único fim de tarde. Ela é dessas almas que carregam um universo de emoções, disponíveis apenas para os interessados e interessantes. E ela canta porque transborda. Ela é muitas histórias em uma só. Ela é uma só em muitos versos.

Ela é sonho. Sonho daqueles que a gente sonha junto porque não quer mais perseguir separado. Ela é gratidão em domingos ensolarados, onde perdemos a noção dos carinhos e talvez incomodemos os vizinhos. Ela é fogo que incendeia e há de ser.

Eu ainda me pergunto o que é que eu fiz para merecer alguém como ela, verdade. O importante é que agora sou feliz de novo. Nem a vi chegar, mas que bom que ela aqui está. De resto, fica o amor.



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