Uma mulher é bela quando acredita que é

Imagem de capa: Orest Drozda, Shutterstock

Considerar-se bela ou não é uma questão pessoal abstrata ligada a muitos outros aspectos. Uma mulher se considera bonita quando subjetivamente interpreta que tem uma boa saúde, sensualidade e simetria corporal. Acreditar e se sentir bela produz na mulher sentimentos de atração e bem-estar emocional.

Uma mulher é considerada bonita individualmente ou por consenso da sociedade, muitas vezes com base em uma combinação de beleza interior, que inclui fatores psicológicos, e beleza exterior, que inclui fatores físicos. A beleza exterior é frequentemente medida com base no consenso geral ou de um grupo de pessoas. Por sua vez, a beleza interior é muito mais difícil de medir.

A imagem que temos do nosso corpo é uma representação mental da figura corporal, forma e tamanho. Ela é influenciada por fatores históricos, culturais, sociais, individuais e biológicos que variam ao longo do tempo. As normas culturais sobre o ideal de beleza desempenham um papel importante na relação entre a aparência física e a autoestima das mulheres.

Sentir-se bela depende de você

Um estudo clássico de Garner, realizado com 4.000 pessoas, constatou que 56% das mulheres estavam insatisfeitas com sua aparência física, 89% queriam perder peso e 15% haviam usado estratégias para perder peso, pelo menos, durante cinco anos da sua vida.

Se 89% das mulheres querem perder peso, isto demonstra o quanto são fictícios e inatingíveis os ideais da beleza feminina. Por razões genéticas e biológicas, existem muitos tipos de beleza. Se nos compararmos às medidas impossíveis que apenas 10% da população podem ter devido a fatores biológicos, nós sempre seremos “feias”. Da mesma forma, as modelos com medidas “ideais” para a moda também demonstram insatisfação com o corpo, como por exemplo Irina Shayk, que confessou que já se sentiu feia e insegura.

As mulheres que não se sentem bonitas desenvolvem estratégias de enfrentamento emocional passivo quando se olham no espelho e veem a sua imagem. Por sua vez, as estratégias de enfrentamento emocional ativo referem-se a ações para conseguir o controle da situação. Este comportamento estaria associado com a excitação fisiológica projetada para permitir que os nossos recursos se manifestem, por exemplo, para combater o estresse.

Estudos recentes demonstraram que o índice de massa corporal de uma mulher influencia menos do que a percepção que ela tem da sua imagem. Portanto, uma mulher que tenha “medidas padrão”, se fizer um enfrentamento passivo do seu corpo, não se sentirá bela. Por outro lado, se uma mulher com medidas consideradas fora do padrão normal fizer um enfrentamento ativo do seu corpo, provavelmente se sentirá bonita, porque tem uma percepção positiva da sua imagem.

“Tudo tem a sua beleza, mas nem todos podem vê-la”.
– Confúcio –

O autoconceito e a beleza

Atualmente, o padrão da beleza ocidental dá ênfase a uma magreza extrema, como um protótipo feminino da imagem corporal. Esse ideal de beleza tão inatingível quanto extremo é aceito e internalizado por muitas mulheres, influenciando negativamente o seu autoconceito.

A comparação social tem influência sobre o desenvolvimento do autoconceito no final da infância e na adolescência. As mulheres que não têm o “corpo ideal” que a publicidade e a mídia nos vendem se preocupam e sofrem com a sua aparência física, enquanto desenvolvem um autoconceito negativo.

O autoconceito negativo de uma mulher influencia a maneira como ela enfrenta a sua autoimagem. Nós desenvolvemos o nosso autoconceito através da interação com os outros. O ambiente em que vivemos desempenha um papel muito importante. Se as mulheres estão recebendo informações diárias sobre como deve ser o seu corpo, o seu autoconceito será prejudicado se não tiverem o controle dos seus recursos e pontos fortes.

Além da beleza externa, também há por vezes uma esquecida beleza interior. Uma pessoa pode parecer e se sentir mais atraente pelas suas características psicológicas internas, como a coerência, a elegância, o charme, a graça, a integridade, a inteligência, a personalidade e a simpatia. Então, em última análise, a nossa autossuficiência fará com que nos sintamos mais bonitas.

“A beleza que atrai raramente coincide com a beleza que apaixona”.
– Ortega y Gasset –

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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