O verdadeiro lado da vida de um ansioso (parte 2)

Uma dedicação aos leitores do primeiro texto. Foi muito bom conhecê-los. Existe saída para nós e juntos criaremos forças para sermos donos de nossas próprias escolhas. Ansiedade também é medo de viver. Reflitam.

Olá ansiosos e ansiosas,

Olá para vocês que se sentiam como o primeiro texto descrevia e não sabiam do que se tratava.

Foi realmente uma surpresa saber que até agora mais de 60 mil pessoas se identificaram com o texto e, dessa forma, entender que não estamos sozinhos, pois eu também me via sozinha nisso e me julgava como louca. Não estamos aqui por acaso. Criamos um laço, uma comunidade. Nos comentários, criamos uma verdadeira sessão de terapia e comprometimento. Muito obrigada a todos pelas contribuições.

Agora vamos ao texto da vez.

Se observarmos desde nossa infância, notaremos que sempre tivemos algum traço, ainda que pequeno de ansiedade. Eu, por exemplo, quando passava mal, não conseguia esquecer a dor que estivesse sentindo até que ela passasse, e às vezes a dor se prolongava porque eu focava demais nela. Somos exagerados, sempre exagerados. Mas somos pessoas especiais. Somos pessoas que vivem com intensidade. Afinal, quando aquilo que queríamos, acontece, é a melhor conquista do mundo. Ansiedade tem seu lado ruim, como descrito no primeiro texto, mas dentro de uma normalidade, é até algo bom. Nos impulsiona a viver.

Todos os transtornos psicológicos têm seus problemas. Já vi pessoas com zero grau de ansiedade, mas que não tinham vontade de levantar da cama por tanto comodismo ou preguiça. Tudo a partir de certo ponto é preocupante.

Agora, depois da primeira crise de ansiedade, descrita no outro texto, nos resta: como lidar com o medo de se ter esta crise novamente?

O medo de sentir medo? Como funciona isso? Aí tudo vira uma bola de neve então?

É a partir daí que a luta consigo mesmos se inicia. Mas eu suponho que no final, seremos mais fortes do que qualquer um, porque tentamos laçar nossos pensamentos e fisgá-los para dentro de gavetas onde eles têm de ficar. Eles existem e sempre existirão, mas eles precisam ser controlados.

Medo de emprego existe? Sim. Deve ficar na gaveta de emprego. E deve ser aberta somente quando for a hora certa. Não adianta se preocupar com o emprego se neste momento sua vida estiver ainda se encaminhando para alguma coisa. Exemplo: Está na graduação e se preocupa com o emprego depois de formada. Não adianta pensar porque não é a hora. Tudo o que vai adiantar é pensar em como dar o seu melhor hoje, pensando em ideias criativas e que te coloquem ao máximo de evidência na tua área, hoje. Participe de projetos, pesquisas, estágios e tudo mais. E se nada sair como planejado, ainda pense: Existe coisa melhor para mim e eu vou continuar me esforçando e um dia, na hora certa chegará.

A sorte não acontece, ela pega os preparados. Lembrem-se disso. Usem deste exemplo do emprego para tudo em suas vidas. Sejam o mais racionais possível.

É a hora certa de pensar nisso? Como posso controlar meu pensamento? Este medo tem algum fundamento?

Vamos parar de tentar controlar o incontrolável. Tentar ter o controle sobre tudo é o principal fator de nossas crises de ansiedade.

Lembremos que todos, absolutamente todos temos o nosso valor. Somos pessoas que acertam, mas que erramos, e erramos e um dia acertaremos, porque a força que existe dentro de você e maior que tua ansiedade! E se tu não controlar isso, se tu não acreditar nisso, teu medo o dominará.

Busquemos ajuda, todas as ajudas possíveis, mas a principal mudança está dentro de nós mesmos. Pessoal, existem grupos de auto ajuda pela internet. Basta buscar e dividir experiências.

NÃO ESTAMOS SOZINHOS!

Mais uma vez, se não fosse este jeito espalhafatoso de ser, não seríamos pessoas tão especiais. Somos exagerados. Mas somos sensitivos. O mundo precisa de gente que sente. Pois de robôs, já está cheio.

Criemos nosso ponto de refúgio. Um canto da casa, uma música, cantemos e tenhamos em mente que a crise passa. É só acreditar. Sejamos livres! Não me digam que é fácil falar. Eu sei o quanto é fácil falar. Mas ter a consciência do nosso poder é o primeiro passo.

Sejam felizes! A vida está aí para ser aproveitada! E tentemos mudar nossos pensamentos sempre, sempre e sempre. E um dia, quiçá, eles não mais se repetirão. VIVAM! VOEM! VOEMOS!



LIVRO NOVO



Nasceu em Petrópolis-RJ, mestranda e graduada em Relações Internacionais pela Universidade do Brasil! Tem interesse em tudo que se pode imaginar, até química, física, logaritmo e quadrantes. Sempre adorou escrever e coleciona caixas de textos que escreve desde a infância. Seja sobre poesia da vida cotidiana ou sobre assuntos políticos, filosóficos, antropólogos, científicos, sua vida é de uma forma ou de outra ligada à tentativa de olhar o mundo com mais profundidade do que a correria da rotina nos permite. Nada lhe escapa, dos assuntos cotidianos às condições políticas que acontecem ao redor. O que varia é o horário, a inclinação do olhar ou da cabeça também... Quer falar todas as línguas do mundo... ou quase. Quieta de vez em muito, nada como a introspecção para refletir a vida um pouquinho. Mas também pode fingir ser a pessoa mais extrovertida do mundo se quiser. E engana bem. Da personalidade mais rara do mundo, INFJ com muito prazer!

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