Como descobri que não se navega em piscinas

Ei, eu perdi minha chance, não foi? Deixei de mergulhar no teu mar profundo para ir de cabeça numa piscina rasa, mas acho que isso é algum mal do ser humano, sempre preferimos a piscina, o jardim de folhas secas, o céu nublado. Descartei sem pensar duas vezes um dia ensolarado.

Eu posso estar enganado. Talvez você não fosse tudo isso, o fato é que nunca irei realmente saber agora e sim, isso vai me incomodar por um bom tempo. Vou remoer e remoer até desaparecer, ou pelo menos ficar menor.

Eu não me arrependo, isso é fato. Faria de novo, pois quando fiz, não sabia o quão rasa seria aquela piscina… ora, sejamos justos, não era tão rasa assim. Pude dar uns bons mergulhos, mas não me sai da cabeça como você poderia ser um Atlântico de sentimentos.

Espero que o tempo passe o suficiente para você não virar a cara pra mim caso aconteça de nos encontrarmos em alguma balada, pelas ruas ou enfim, qualquer ocasião. Espero que eu esteja certo sobre você ser mar e espero também que alguém incrível possa ser navegador nele, ou melhor, que alguém tenha o prazer de se afogar nele. Pois se afogar num mar como o seu parecia ser, é sem dúvida uma das únicas causas de morte que nos deixa mais vivos.



LIVRO NOVO



"Estudante de Rádio, Tv e Internet, Cinema e amante da arte de se expressar por palavras. Canceriano, ascendente em Libra, acredita que o amor muda a forma que vemos o mundo e como levamos nossa vida. Livros sempre foram seus melhores professores, nos trilhos de trem e metrô aprendeu muito sobre pessoas. Considera um prazer escrever pra si mesmo e agora uma honra ser lido por você." Também publicando em: https://medium.com/@gabriel.bernardi

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