(Não) Era uma vez, e fim (?)

Tava aqui ouvindo John Mayer, e John Mayer me lembra você. E deu tanta saudade. Das nossas sacanagens tão doces, e das nossas vontades-urgentes-nunca- realizadas. Da inocência que eu tinha te querendo tanto e tentando te odiar.

De ser tão tua, como eu sempre dizia, sem ser. E quando, mesmo sem te ter, te sentia tão meu… Saudade das conversas ao telefone, e daquele querer que nunca ficava pra depois. Das ligações na madrugada, do ciúme que eu sentia ao enxergar outras nas tuas entrelinhas. Saudade das indiretas que nós trocávamos, e das palavras que só nós entendíamos…

Saudade da gente, do que (nunca) fomos, do que meu coração pediu tanto pra acontecer, e não aconteceu. Saudade de quando havia alguma possibilidade de virarmos ‘nós’. Te guardo com as melhores lembranças. E o resto, eu deixo pro tempo contar…



LIVRO NOVO



Feminista em (des)construção, mãe do Pedro, viciada em filme água com açúcar e literatura. Estudante de Letras, Leitora compulsiva de blogs (principalmente os feministas) e apaixonada por Virginia Woolf, Sylvia Plath, Hilda Hilst, Caio Fernando Abreu e Hemingway. Ouço mil vezes a mesma música, sinto milhares de vezes a mesma saudade e coleciono muitos nós na garganta, palavras não ditas (porém escritas e reescritas) e culpas que não são minhas. Das perdas mais dolorosas que sofri, me perder de mim foi a pior delas. Mas aos trancos eu aprendi que eu sempre me reencontro, me refaço e (me) recomeço, leve o tempo que levar.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui